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domingo, 18 de setembro de 2011


O emprego dos pronomes pessoais

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
Colunista da Folha Online

O emprego dos pronomes pessoais em português é questão que sempre provoca dúvidas. Existem pronomes que exercem a função de sujeito das orações e pronomes que exercem a função de complemento. No sujeito, usamos os chamados pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles e elas) e, nos complementos, os do caso oblíquo (me, mim, te, ti, se, si, o (s), a (s), lhe (s), ele (s), ela (s), nos, vos etc.). Essa distinção já é suficiente para compreendermos por que, pelo menos na norma culta, não se diz "Eu trouxe ele", mas "Eu o trouxe". É que o pronome de terceira pessoa, nessa frase, não exerce a função de sujeito, mas a de complemento do verbo "trazer".
Pronomes da terceira pessoa do discurso são um pouco mais problemáticos que os demais, pois há os que funcionam como objeto direto (o, a, os, as) e os que se empregam como objeto indireto (lhe, lhes). Isso explica o fato de dizermos, por exemplo, "Eu o respeito" e "Eu lhe obedeço". O verbo "respeitar" é transitivo direto (requer um complemento sem preposição, o chamado "objeto direto") e o verbo "obedecer" é transitivo indireto (requer um complemento introduzido pela preposição "a", o "objeto indireto").

"Para mim fazer" ou "para eu fazer"?
O que determina a escolha dos pronomes pessoais é a função sintática que eles exercem na oração. Vários leitores têm perguntado se o correto é dizer "para mim fazer" ou "para eu fazer". Essa é uma questão bastante freqüente e pertinente ao tema de que ora tratamos. Afinal, que função sintática exerce esse pronome ("eu" ou "mim")? Observe que não cabe a ele completar um verbo ou nome. Nesse tipo de construção, o pronome atua como sujeito do verbo que está no infinitivo. Usa-se, então, o pronome pessoal do caso reto. Assim: "Traga os números para eu fazer os cálculos", "Trarei os números para tu fazeres os cálculos", Trarão os números para nós fazermos os cálculos".

"Entre mim e ti..."
Essas construções não se confundem com aquelas em que os pronomes exercem função de complemento. Nesses casos, eles são oblíquos tônicos e sempre vêm depois de uma preposição: "para mim", "de ti", "por ele", "entre nós", "contra elas" etc. Assim: "Faça isso para mim", "Estou com saudade de ti", "Nada houve entre mim e ele" (ou "entre ele e mim") etc.
O leitor atento já observou que algumas formas atuam tanto como pronomes do caso reto quanto como pronomes do caso oblíquo tônico. São elas: ele, ela, nós, vós, eles e elas. Assim, em uma construção como "Leve o livro para ele", "ele" é pronome oblíquo tônico, mas em "Ele leu o livro", "ele" é pronome reto. Na primeira e na segunda pessoa do singular, entretanto, não existe essa coincidência. Assim: "Traga o livro para mim" (complemento) e "Eu li o livro" (sujeito); "Sinto falta de ti" (complemento) e "Tu sentes medo?" (sujeito).
É importante observar o que ocorre quando a preposição "com" antecede os pronomes tônicos. Não se diz "com mim", mas "comigo", por exemplo. Essa forma tem origem no latim, quando, grosso modo, a preposição "com" era colocada após o pronome ("mim com", "nós com" etc.). Com a sua anteposição, passou-se a "com mim com" ou "com nos com", formas que evoluíram para "comigo" e "conosco". Isso ocorreu em todas as pessoas gramaticais. Daí os termos "comigo", "contigo", "consigo", "conosco" e "convosco".

"Com nós dois", com nós mesmos"
Após as formas "conosco" e "convosco", não se usam os pronomes "mesmo (s)" e "próprio (s)" nem os numerais. Caso seja necessário o emprego de tais formas, usam-se as construções "com nós mesmos", "com nós dois", "com vós próprios" etc.

"Consigo" ou "com você"?
O pronome "si" sempre tem valor reflexivo, isto é, retoma o sujeito da oração. Assim: "Foi o advogado de si próprio". Nessa frase, seria incorreto o uso do pronome "ele" ("dele próprio") no lugar de "si", construção, aliás, corriqueira.
Como o pronome "si" é reflexivo (pelo menos, no português do Brasil), não cabe a ele remeter ao interlocutor numa frase como "Quero falar consigo amanhã". Nesse caso, a forma "consigo" foi incorretamente empregada no lugar de "com você", "com o senhor", "com Vossa Excelência" ou mesmo "contigo". "Consigo" é correto no sentido de "consigo próprio".

"Deixa eu ver" ou "deixe-me ver"?

Finalmente, é importante tratar do emprego do pronome nas locuções construídas com verbos auxiliares causativos e sensitivos seguidos de infinitivo. Os verbos "mandar", "deixar" e "fazer" podem ser empregados como auxiliares que indicam causa ("mandar alguém sair", "deixar alguém entrar", "fazer alguém rir", por exemplo); os sensitivos são os verbos "ver", "ouvir", "sentir" (ou equivalentes) em construções do tipo "ver alguém entrar", "ouvir alguém bater à porta", "sentir alguém aproximar-se" etc.
Aparentemente o pronome exerce a função de sujeito, o que justificaria o emprego do pronome pessoal do caso reto. Ocorre, todavia, que o pronome em questão é também o objeto direto do verbo auxiliar (esses auxiliares são todos transitivos diretos), sendo a forma oblíqua a correta. Assim: "Deixe-me ver isso", "Faz-me rir", "Mandou-o sair", "Ouviu-o dizer aquilo", "Quero vê-la sorrir/ Quero vê-la cantar...".

Thaís Nicoleti de Camargo, consultora de língua portuguesa, é autora de "Redação Linha a Linha" (Publifolha), "Uso da Vírgula"(Manole) e "Manual Graciliano Ramos de Uso do Português" (Secom-AL) e colunista do caderno "Fovest" da Folha.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/noutraspalavras/ult2675u28.shtml

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ortografia - G OU J


DE OLHO NA ORTOGRAFIA
                                                           USO DO G E DO J

1-   SE ALGUÉM LHE PERGUNTASSE COMO SE ESCREVEM ESTAS PALAVRAS, VOCÊ SABERIA RESPONDER? POR QUÊ?

ESTRATÉGIA     TIGELA   GENGIVAS   INGERIDA   HOJE                       DESVANTAGEM  IMAGINAVA  GELADEIRA   IMAGEM            FERRUGEM

A) SE NÃO SOUBESSE ESCREVÊ-LAS, COMO VOCÊ SOLUCIONARIA O PROBLEMA?

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B)  NA HORA DE ESCREVER UM TEXTO, VOCÊ JÁ SE SENTIU CONFUSO(A) PARA SABER SE UMA PALAVRA É GRAFADA COM G OU COM J?

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SE A SUA RESPOSTA FOI SIM, NÃO SE PREOCUPE! MUITAS PESSOAS AINDA SENTEM DIFICULDADE EM SABER SE UMA PALAVRA É ESCRITA COM J OU COM G PORQUE, DIANTE DAS VOGAIS E e I, A LETRA G REPRESENTA O MESMO SOM REPRESENTADO PELA LETRA J.

PARA SABER MAIS, LEIA AS EXPLICAÇÕES A SEGUIR:

USA-SE A LETRA G:

A)  NOS SUBSTANTIVOS TERMINADOS EM: -AGEM, -IGEM, -UGEM:

GARAGEM, MASSAGEM, VIAGEM, ORIGEM, FULIGEM, VERTIGEM, FERRUGEM. Exceções: Pajem e labujem;

B)  NAS PALAVRAS TERMINADAS EM: -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, - ÚGIO: CONTÁGIO, ESTÁGIO, PEDÁGIO, COLÉGIO, PRESTÍGIO, RELÓGIO, REFÚGIO;

C)  NAS PALAVRAS DERIVADAS DE  OUTRAS QUE SE GRAFAM COM G: ENGESSAR (DE GESSO), FARINGITE (DE FARINGE), SELVAGERIA (DE SELVAGEM);

D) NAS SEGUINTES PALAVRAS: ABORÍGENE, AGILIDADE, ALGEMA, ARGILA, BEGE, BUGIGANGA, FUGIR, GEADA, GENGIVA, GENGIBRE, GESTO, GIBI, HIGIENE, MONGE, TANGERINA, TIGELA, VAGEM, ENTRE OUTRAS.

USA-SE A LETRA J:

A) NAS FORMAS DOS VERBOS TERMINADOS EM: -JAR: ARRANJAR (ARRANJO, ARRANJEM), DESEJAR (DESEJO, DESEJEM), VIAJAR (VIAJO, VIAJEM);

B)  NAS PALAVRAS DE ORIGEM TUPI E AFRICANAS: JIBÓIA, PAJÉ, CANJICA, JENIPAPO, JEQUITIBÁ, JERIMUM;

     C)  NAS PALAVRAS DERIVADAS DE OUTRAS QUE JÁ APRESENTAM J: JEITOSO, DESAJEITADO (DERIVADO DE JEITO), LOJISTA (DE LOJA);

D) NAS SEGUINTES PALAVRAS: GRANJA, JECA, JEGUE, MAJESTADE, MANJEDOURA, MANJERICÃO, PROJETO, REJEIÇÃO, SUJEIRA, TRAJE, TREJEITO.

EXERCÍCIOS

1-   ESCREVA PALAVRAS DA MESMA FAMÍLIA DE:

a)  Massagem: ..................................................

b) Laranja: ........................................................

c)   Viajar: .........................................................

d)  Enferrujar:...................................................

2-   Elabore duas frases empregando as palavras viajem e viagem. Em seguida, explique diferença entre essas palavras, justificando o seu uso nas frases elaboradas por você.

.......................................................................................

3-   RETIRE DO TEXTO ABAIXO PALAVRAS ESCRITAS COM J OU G. SEPARE-AS EM COLUNAS CONFORME O SOM QUE PRODUZEM. ASSIM: ja, je, ji, jo, ju/ga, ge, gi, go, gu.

Sou um juiz exigente e não admito injustiças! Jogadores protegidos! É uma sujeira que merece providências urgentes de quem dirige o time. Até o gerente do banco manda! Devia cuidar da agência, que vai mal. Nem ladrão vai lá! E o prefeito? Não cuida da higiene da cidade, não tapa os buracos, não limpa as sarjetas. Só fica aí, pajeando o sobrinho, um marmanjo que está precisando de uma injeção de inteligência. O delegado, em vez de enjaular os marginais, fica agindo desse jeito! E eu tenho de vigiar tudo! Ainda sou capaz de fugir desta cidade, pois tenho horror à injustiça.

Observação:

viagem = o passeio (substantivo)
viajem =  ação de viajar (verbo)

 Fonte: Apostila do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida, 5º Ano, 2ºVolume: Positivo.

domingo, 11 de setembro de 2011

Coesão Textual

Roteiro de aula para alunos do 6º Ano:
                             COESÃO TEXTUAL

 É a relação de ideias que se estabelece entre as palavras, entre as orações ou entre parágrafos de um texto. Em outras palavras, coesão é a conexão de ideias necessárias para que haja coerência das partes que compõem o todo.
Coesão Referencial: Permite a recuperação de termos ou sentidos do texto, evitando repetições desnecessárias. Pode ser obtida por substituição e por reiteração.
Objetivos:
Praticar alguns mecanismos de coesão referencial;
Fazer corretamente a concordância entre elementos do texto.
Conteúdos:
Introdução de uma entidade pela primeira vez no discurso;
Concordância entre artigo e nome.
Acessar o site indicado  e completar o texto O cão e o gato com os artigos adequados. Em seguida, clique em confirmar e confira se acertou.
Clique no link:
http://www.iltec.pt/divling/exercicios_narrativo_8.html

Atenção! A conclusão da dupla sobre o que aprenderam com a realização  do exercício deverá ser anotada na folha fornecida pela professora

Atividade 2:
Objetivo: Reconhecer alguns mecanismos que permitem o estabelecimento de relações temporais coerentes entre as diferentes frases de um texto.
Conteúdos: Verbos no pretérito imperfeito em articulação com verbos no pretérito perfeito.
Tarefas a realizar: Clique no link fornecido e faça as atividades propostas.

Atenção! A conclusão da dupla sobre o que aprenderam com a realização de cada um dos exercícios deverá ser anotada na folha fornecida pela professora

Clique no link:



Fonte:http://www.daynha.blogger.com.br/olhos assustados

O texto abaixo é um conto fantástico. Observe os trechos destacados e sua função no texto.

Caros alunos:

No texto abaixo, procurei destacar de diferentes cores alguns elementos importantes dessa narrativa:

- em vermelho: encontram-se as idéias de tempo;

- em laranja: as descrições de espaço(lugar);

- em verde: as descrições da personagem;

- em azul claro: as descrições de sensações da narrador.

 

A Queda da Casa de Usher- Edgar Allan Poe

Atividade avaliativa - Produção de uma descrição de ambiente para conto de assombração

ROTEIRO DA AULA
Público: 7ºanos
Atividade: Observe as imagens abaixo, escolha uma delas para ser um cenário para um conto de assombração e faça a sua descrição.
O texto que você e sua dupla produzirão deverá ser postado no blog através da caixinha comentário.
Não se esqueça de se identificarem (nome e ano) e de realizarem uma revisão no texto, que deverá conter no mínimo 12 linhas. Não se preocupe com as ações; pois você não está escrevendo uma história, apenas descrevendo o espaço onde a história poderá ocorrer.
Esta atividade tem peso 10. Caprichem!
Um abraço,
Prof.ª Francisca
Fonte:http://www2.fe.usp.br

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