Meu cantinho de leitura e estudos

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CURTAM A APRESENTAÇÃO DE ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO DA EMEF. PROF.ª LÚCIA PEREIRA



Os alunos do 6º ano A formaram um coral e cantaram o poema de Manoel Bandeira, Canção de Natal.
Os alunos Gabriel e Vitor Hugo, do 7º A,  nos acompanharam nesta belíssima apresentação.
Parabéns a todos os alunos!

MENSAGEM DE NATAL

NATAL é tempo de união. A Família Sagrada é o símbolo da união perfeita entre Pai, Mãe e Filho. Três pessoas, que se uniram para mostrar ao mundo o que é ser família, José e Maria nos dão exemplo de como superar as dificuldades e as tormentas com mansidão e amor. Pai e Mãe vivem para cumprir os desígnios de Deus Pai, cuidaram do filho e humildemente aceitaram e assumiram o papel que Deus lhes havia confiado, porque sabiam de sua responsabilidade, reconheciam que tinham um papel fundamental na vida de seu filho. Nesse Natal, convido a todos os pais a fazerem uma reflexão sobre papel dos pais na vida dos filhos, espelhem-se na família sagrada, em José e Maria e reflitam junto comigo: Estamos cumprindo nosso papel? Somos os guardiões de nossos filhos? Estamos apontando os caminhos? Ou estamos caminhando juntos com nossos filhos? Natal, tempo de reflexão! Tempo de Amor! Tempo de União Familiar! Que nenhuma família termine por falta de amor, já dizia a letra da música do Pe. Zezinho.
Pensando nisso, desejo a todas as famílias um santo e feliz Natal em família!
Obrigada a todas as famílias que confiaram a mim a formação de seus filhos no ano de 2011.

Um abraço,
Prof.ª Francisca



terça-feira, 15 de novembro de 2011

EXPERIÊNCIA DE ESCRITA - NARRATIVA DE AVENTURA


AS NOVAS AVENTURAS DE HÉRCULES



No tempo em que a Terra era comandada por monstros chamados Titãs, vivia na Grécia Antiga, um rapaz chamado Hércules. Filho de Zeus, o grande deus grego, e de Alcmena, a mulher mais bela da época e considerado um dos maiores heróis de sua época, Hercules  era um semideus, extremamente forte, extremamente bruto, corajoso e dotado de  uma grande beleza e de um grande coração.



Numa manhã, chegou uma notícia até Hércules de que a filha do rei havia sido capturada por um terrível monstro e levada para a Floresta Sombria de Oceanus, que era um Titã. Ele  tinha um corpo formado pelo torso de um homem, com garras de caranguejo, chifres na cabeça, uma grande barba e uma cauda de  serpente. Todos no reino temiam os Titãs, especialmente Oceanus.


Fonte:http://www.wikinfo.org/upload/c/ce/Oceans1b.jpg
O rei, desesperado, lançou a todos os jovens do reino um desafio: quem conseguisse matar o Titã e trazer sua filha com vida de volta para casa, teria como recompensa um pote cheio de ouro e a mão de sua filha seria concedida ao herói em casamento. Sua filha, Natália, era considerada a  moça mais linda e gentil  de todo reino e sua beleza era comparada a de Afrodite, deusa do amor e da beleza. Apesar da recompesa, muitos rapazes recusaram a proposta, temendo pela própria vida. Apenas Hércules aceitou o desafio e, quase que no mesmo instante, preparou sua mochila com alimentos e roupas e algumas armas, pegou seu melhor cavalo e partiu para a  Floresta Sombria de Oceanus.

Durante sua longa caminhada, enfrentou tempestades e animais selvagens que habitavam a região. Antes que chegasse à floresta, encontrou na estrada um casebre, onde habitava um velho sábio, que o acolheu por uma noite, deu-lhe comida, água e curou seus ferimentos. Naquela mesma noite, o velho contou ao jovem, que no passado já havia enfrentado o monstro Oceanus, que havia perdido a luta contra ele e que por isso vivia solitário no pântano.  Também explicou ao rapaz que não seria fácil derrotá-lo e que para isso deveria estar preparado. Sem que Hércules tivesse tempo de falar alguma coisa, o velho tirou de dentro de um baú uma espada de ouro, que reluzia diante da pouca luz do casebre, e entregou-a ao rapaz dizendo que aquela era a única arma que mataria Oceanus.


Na manhã seguinte, Hércules agradeceu ao velho pela ajuda e seguiu seu caminho. Chegando à Floresta Sombria de Oceanus, o moço de longe avistou o Titã, que realmente era imenso e pavoroso como tinha ouvido falar. Em suas garras, presa a jovem Natália estava, aos prantos. O rapaz se aproximou com cuidado para não ser visto por Oceanus e cravou a espada de ouro nas costas no monstro, que soltou um grito horrendo e abriu suas garras libertando a moça, que caiu no chão. O rapaz ajudou a moça a se levantar e pediu que saísse correndo e se escondesse no pântano.

Como Hércules não havia acertado o coração de Oceanus, este mesmo machucado reagiu e partiu para cima de Hércules. Com sua bocarra aberta estava pronto para devorar o corajoso rapaz, que  desviou-se a tempo de impedir que a fera lhe tirasse a vida.  O Titã mais uma vez tenta agarrá-lo, mas o rapaz era ágil e se desviou mais uma vez esperando a grande chance. No entanto, quando Oceanus se ergueu e tentou se jogar sobre o rapaz, este já estava preparado. Sem que a fera percebesse, Hércules estava novamente com a espada e cravou-lhe bem no coração. O que se ouviu e viu em seguida, foi apenas  um grande urro de dor e a fera caindo cambaleante no chão.

Hércules venceu Oceanus, libertou e levou de volta para o castelo a bela princesa Natália. Mais uma vez, na Grécia Antiga, só se ouvia falar no jovem e corajoso Hércules, futuro esposo de Natália, filha do rei. Aos curiosos, posso confirmar que Natália ficou perdidamente apaixonada pelo herói da história e qual mocinha de juízo não ficaria?!


Texto adaptado por Francisca P.Martins – Professora de Português – EMEF. Prof.ª Lúcia Pereira Rodrigues.

Texto base: redação do SALUPE da aluna Natália Fernanda  de Faria, 7ºB

Sequência Didática – Narrativas de Aventura – 2011.

domingo, 23 de outubro de 2011

TEORIAS PEDAGÓGICAS


Teoria
Métodos

Aprendizagem

Papel do professor

Papel do aluno

Behaviorista

Abordagem Comportamentalista

COMPORTAMENTO
=
 ESTÍMULO
 +
RESPOSTA



Teóricos:
Ivan Pavlov
John B. Watson
Burrhus F. Skinner

Final dos anos 50
Métodos de ensino programado, experimental, instrução direcionada.

Abordagem instrucional, clara para cada unidade.

Não considera o que ocorre dentro da mente do aprendiz.
 

- Aprendizagem por condicionamento.

- Estudo focado em comportamentos manifestos e mensuráveis.
- Aprendizagem ocorre quando há  mudança no comportamento.
- Instrução direcionada.
- Associação de ideias captadas no meio externo pelos sentidos.
- Ambiente proporciona e controla aprendizagem.
Instrutor: decide o quê, como e quando ensinar.

Conduz o aluno ao aprendizado.

Determina a velocidade e a forma de construção do conhecimento.
Ø  É receptor passivo;

Ø  Passivo: não busca informações para  construção de conhecimentos;

Ø  Comportamento é moldado pelas forças do ambiente;

Ø  Responde a estímulos.

ConstrutivistaAbordagem Cognitivista

Téoricos:
Jean Piaget,
Lev Vygotsky



Centrada
no aluno

Teoria do
 “conhecer”,
do
“vir a conhecer”

Meados dos anos 50
  - Ênfase na argumentação, discussão e debate.
- Experiências, pesquisas e métodos de solução de problemas.
- Boas perguntas e situações-problemas.
-Permite que o aluno desenvolva o raciocínio, organize o pensamento e exerça sua criatividade.
O conhecimento é construído,  a partir das  próprias percepções do aluno oriundas das interações com o objeto.




Acontece por etapas que está diretamente ligada ao desenvolvimen-to mental da cada aluno.
Aprendizagem experiencial e experimental.
Baseada em problemas e pesquisas.
É o resultado da interação entre ambiente e indivíduo.
Atribuição de significados à realidade.
Informação é processada pelos esquemas mentais.
Interpretação pessoal do aluno é a base para novos conhecimentos.
 Professor é um espectador e favorecedor de situações de aprendizagem, que levem o aluno a aprender a aprender.
 
É questionador:  faz perguntas inteligentes que desafiem os alunos a construírem, formularem suas hi-póteses.
 
Não apresenta o conhecimento como algo pronto e acabado.
 
 
 
Ø  Aprendiz ativo;
Ø  engajado na
 construção de seu próprio conhecimento;
Ø  elabora e testa as interpretações das experiências;
Ø  constrói repre
sentações por meio de sua interação com a realidade;
Ø  o aluno contro
la a sua aprendizagem;
Ø  forma o seu
banco de informações.

.



Socio-
Interacionista
Teóricos:
Lev Vygotsky
Foco: interação entre os indivíduos com o meio
Interação social mediada por instrumentos e signos.
Ênfase no desenvolvimento do pensamento crítico/reflexivo.
Interatividade e colaboração.
O conhecimento é uma construção social colaborativa.
Desencadeada por conflitos.
Aprendizagem é um experiência social.
Participação em grupo e compartilhamento dos saberes.
Ø  Professor-tutor;
Ø  mediador;
Ø   parceiro;
Ø   facilitador;
Ø  criador situações favorecedoras de aprendizagem;
Ø  evita a rotina;
Ø  cria conflitos;
Ø  libera o aluno para que tire suas próprias conclusões.
 
 
ü  Autônomo;
ü  Pesquisador;
ü  Proativo;
ü  Colaborador;
ü  Ativo;
ü  Pertence a uma comunidade de prática;
ü  Responsável pelo gerenciamento do tempo;
ü  Responsável pela realização das atividades;
ü  Responsável pela sua aprendizagem.


domingo, 16 de outubro de 2011

SALUPE - Sistema de Avaliação Lúcia Pereira

Senhores pais e  alunos:

Está confirmado! Nos dias 25 e 26 de outubro ocorrerá o SALUPE e o conteúdo selecionado para essa avaliação será:

7º ano:

- Pronomes: pessoais(caso reto e oblíquo; possessivo e demonstrativo);
- Pronomes como recurso de coesão;
- Sinônimos e elípse como recurso de coesão;
- Tipos de discurso (direto e indireto);
- Diferença no emprego de A e O, como artigo e como pronome;
- Vocabulário (com o uso do dicionário);
- Leitura e interpretação de conto e notícia;
- Distinção entre conto e notícia;
- Produção de narrativa de aventura.

6º Ano
- Pronomes: pessoais(caso reto) e possessivo ;
- Artigo;
- Pontuação;
- Ortografia;
- Vocabulário (com o uso do dicionário);
- Leitura e interpretação de textos;
- Produção de conto de assombração.


Como fonte de estudo e preparação para a avaliação selecionei alguns exercícios para vocês. Clique nos links abaixo e  faça uma revisão sobre os pronomes trabalhados em aula:
http://www.prof2000.pt/users/amsniza/pron-dem.htm
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/lp/3.6.pronomes_demonstrativos1.htm
http://www.prof2000.pt/users/amsniza/pron-poss.htm
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/lp/3.6.pronomes_possessivos1.htm
http://www.prof2000.pt/users/mfvieira/webqt/pronomes.htm
http://www.prof2000.pt/users/rsn/exercicios/morfologia/identificacaodepronomesi.htm

Exercícios de Ortografia:
Ortografia J ouG
Pontuação
Pontuação II
Leiutra e estudo do vocabulário
Determinantes e Pronomes Possessivos
Verbos terminados em AM e ÃO

Os exercícios acima correspondem ao conteúdo selecionado para a avaliação do SALUPE. O próprio site  ajudará  a verificar se estão corretas as respostas. Vale a pena o esforço de revisar a matéria para garantir um bom desempenho na avaliação. ok!
Além de praticar fazendo os exercícios, não se esqueça de praticar a produção de texto.

Bons estudos a todos!

Prof.ª Francisca


sábado, 24 de setembro de 2011

VAMOS CONHECER MAIS ALGUNS PRONOMES?

Pronomes demonstrativos

O pronome demonstrativo é aquele que indica a posição de um ser em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo ou no espaço.

São os seguintes:



Os demonstrativos combinam-se com as preposições de ou em, dando as formas deste, desse, disso, naquele, naquela, naquilo.

Emprego dos pronomes demonstrativos

» Usamos os demonstrativos esse, essa, isso em referência a coisa ou seres que estejam perto da segunda pessoa (o ouvinte).

Esse caderno que está na sua mesa é meu.

» Também empregamos esse, essa, isso para mencionar algo já dito no discurso.

Todos achavam que ele não havia se arrependido. Achavam isso porque ele não agia como tal.

» Usamos este, esta, isto em referência a coisas ou seres que se encontram perto da primeira pessoa (o falante).

Sempre que vejo esta carta lembro-me de você.

» Também empregamos este, esta, isto no discurso para mencionar coisas que ainda não foram ditas.

Só posso dizer isto: odeio você.

» Aquele, aquela, aquilo são usados quando as coisas ou seres estão longe do falante e do ouvinte.

Aquela obra não apresenta boa segurança.

Pronomes relativos

Pronomes relativos são aqueles que se referem a um termo anterior.

Veja o exemplo:

O perdão de todos, o qual agradeço, é importante pra mim.

Os pronomes relativos são variáveis ou invariáveis:



Pronomes indefinidos

Pronome indefinido é aquele que se refere à terceira pessoa do discurso de modo impreciso, indeterminado, genérico:

Alguém bateu à porta.

Todos cumpriram suas tarefas.

Os pronomes indefinidos podem ser variáveis e invariáveis.



Algumas frases com pronomes indefinidos:

Todas as pessoas assistiram o filme.

Durante meia hora não vi pessoa alguma te procurar.

Escolheu qualquer roupa.

Um gosta de filme, outro de livros.

vários pais o procurando.

Em muitas situações temos não um pronome indefinido, mas um grupo de palavras com o valor de um pronome indefinido. São as locuções pronominais indefinidas:

Quem quer que, cada qual, todo aquele, seja quem for, qualquer um, tal e qual, etc.

Pronomes interrogativos

São aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas, referindo-se à 3° pessoa do discurso.

Qual é seu nome?

Os principais pronomes interrogativos são:

» invariáveis: quem, que

» variáveis: qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.

Pergunta direta:

A mãe perguntou: ― quem fez isso?

Pergunta indireta:

A mãe perguntou quem havia feito aquilo.

Nos dois casos o pronome interrogativo quem desempenha o mesmo papel.

Fonte:http://www.juliobattisti.com.br

domingo, 18 de setembro de 2011

Isto, isso e aquilo: uma conversa sobre pronomes demonstrativos

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
Colunista da Folha Online

O uso dos pronomes demonstrativos costuma ser objeto de dúvida entre aqueles que escrevem. Afinal, quando se devem empregar as formas "este" ou "esse"? Existe diferença entre uma e outra?

Ora, as formas "este", "esse" e "aquele", bem como suas flexões, indicam a posição dos seres no espaço e relacionam-se às pessoas do discurso. "Este" indica proximidade de quem fala (primeira pessoa), "esse" indica proximidade do interlocutor (segunda pessoa) e "aquele" assinala distanciamento em relação às duas primeiras pessoas.

Dizemos, por exemplo, "Este livro que eu tenho em mãos é excelente", mas "Eu já li esse livro que você está lendo". Caso não esteja perto de nenhuma das duas pessoas, o livro passa a ser determinado pelo pronome "aquele". Assim: "Você já leu aquele livro?".

Esses pronomes demonstrativos, na fala, são, por vezes, acompanhados de gestos, o que é mais freqüente quando se empregam as formas neutras "isto", "isso" e "aquilo" em sua função dêitica, ou seja, como palavras sem referencial fixo. Quando alguém pergunta, por exemplo, "Que é isto?", "Que é isso?" ou "Que é aquilo?", a escolha do demonstrativo depende da posição daquilo a que se refere o pronome. Em outras palavras, os pronomes "isto", "isso" e "aquilo" não significam nada em si mesmos; seu significado é móvel. No título do filme "Que é isso, companheiro?", o pronome "isso" alude a uma atitude do interlocutor (no caso, o "companheiro"). Quando cantava "Que país é este?", Renato Russo naturalmente se referia ao seu próprio país (algo como "que país é este em que eu vivo?").

A idéia de lugar expressa por tais pronomes pode ser reforçada por advérbios: "isto aqui", "isso aí", "aquilo lá". Tais advérbios são igualmente dêiticos, já que sua significação depende da situação de emprego. Observe que eles também se relacionam às pessoas do discurso. "Aqui" é o lugar onde se encontra a pessoa que fala (primeira pessoa do discurso); "aí" é o lugar do interlocutor (segunda pessoa do discurso) e "lá" é o lugar da terceira pessoa (ele).

As dúvidas mais freqüentes, no entanto, dizem respeito ao uso desses pronomes em sua função anafórica, ou seja, nas situações em que operam remissões intradiscursivas. Trata-se então de empregá-los para fazer alusão a termos que já foram ou que ainda serão mencionados. Usam-se as formas com "ss" para remeter àquilo que já foi dito e as formas com "st" para apontar para o que será dito posteriormente. Assim: "Ouça isto: nunca me decepcione!" e "Que nunca a decepcionasse. Foi isso o que ela lhe pediu".

Essa é a distinção básica entre as duas formas, mas há outras situações de emprego que convém assinalar. Por exemplo, quando nos referimos ao próprio texto que estamos escrevendo, usamos "este". Vale lembrar os velhos modelos de carta, hoje tão inusuais, mas, ainda assim, presentes na nossa memória: "Espero que estas linhas o encontrem gozando de boa saúde...". "Estas linhas" são aquelas que ora escrevo.

As formas "este" e "aquele" (e, naturalmente, as suas flexões) são as que se empregam no aposto distributivo em períodos do tipo: "O senador e o deputado vieram. Este, de avião; aquele, de helicóptero". Ora, quem veio de avião foi o deputado e quem veio de helicóptero foi o senador (o pronome "este" retoma o termo imediatamente anterior, em oposição ao pronome "aquele", que retoma o elemento mais distante). O ideal nesse tipo de período é sempre usar o pronome "este" antes do pronome "aquele", pois "este" retoma o termo anterior por causa da proximidade que tem dele. Convém evitar, assim, uma construção como: "O senador e o deputado vieram. Aquele, de helicóptero; este, de avião".

É comum que o pronome "este" que recupera o termo imediatamente anterior venha seguido da palavra último: "Em campo, o União São João se juntou ao grupo de rebaixados, que tinha o Inter de Limeira, o Sorocaba e o União Barbarense. Mas este último pode se salvar caso o tribunal da federação paulista tire 24 pontos do América".

Mesmo quando não existe a oposição entre dois termos mencionados anteriormente, a forma "este" (como pronome substantivo) recupera o último elemento. Veja o exemplo, extraído de uma notícia de jornal: "'Se a Europa abrir mão de suas ambições políticas e sociais, o modelo ultraliberal terá o caminho livre', declarou Chirac ao lado de Schröder. Este acrescentou que, 'se a França rejeitar a Constituição, 50 anos de construção européia, que garantiram a paz e a harmonia no continente, serão seriamente prejudicados'".

Podem ainda os demonstrativos indicar proximidade ou distância temporal. Nessa chave de oposição, entra o par "este"/"aquele". Assim, "esta noite" opõe-se "àquela noite". "Aquela noite" está situada num passado distante (ainda que subjetivamente: "Você ainda se lembra daquela noite?"); "esta noite" pode ser a de ontem ou a de hoje, dependendo do contexto: "Esta noite foi muito fria" (passado recente) ou "Esta noite será muito fria" (futuro próximo). O dia, o mês ou o ano em que nos encontramos, por exemplo, são antecedidos de "este" ("este ano", "esta semana" etc.).

Há ainda o uso afetivo dos pronomes demonstrativos, que aparece em expressões como "Tive um dia daqueles!" ou em locuções já cristalizadas no idioma ("ora essa", "essa, não!" etc.).

A seguinte declaração de um artista popular também ilustra o uso afetivo dos demonstrativos: "É estranha essa coisa de inspiração. Vai nascendo sabe lá de onde e, de repente, está bem na nossa frente". O uso do pronome "essa" (e não "esta") parece reforçar a idéia de que a inspiração é algo que vem de fora ("sabe lá de onde"), é algo estranho que toma conta do artista.

O emprego afetivo das palavras sempre rende uma boa discussão. Houve, há algum tempo, um presidente da República que declarou publicamente ter nascido com "aquilo" roxo, naturalmente uma marca distintiva de seu caráter ou de sua personalidade, um indício de coragem, valentia, ousadia... O interessante é que ninguém precisou perguntar o que significava o dêitico "aquilo" no contexto. Na verdade, o demonstrativo foi usado como um eufemismo, mas esse é um assunto para outra coluna.
Thaís Nicoleti de Camargo, consultora de língua portuguesa, é autora de "Redação Linha a Linha" (Publifolha), "Uso da Vírgula"(Manole) e "Manual Graciliano Ramos de Uso do Português" (Secom-AL) e colunista do caderno "Fovest" da Folha.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/noutraspalavras/ult2675u20.shtml

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