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terça-feira, 24 de agosto de 2010

CULTURA DE PAZ 
VIRANDO A MESA DA VIOLÊNCIA
 
14/02/2003

por Diogo Dreyer A incidência de crimes violentos no país, principalmente envolvendo jovens em idade escolar, desperta o sentimento de que alguma coisa deve ser feita. Mas muita gente acredita que não se chega a lugar algum apenas aumentando o policiamento e com repressão. É preciso transformar a paz em uma cultura, mudando a maneira de as pessoas se relacionarem e colocando a paz como uma questão de postura e de respeito.
A série de quatro reportagens do Portal — dividida em questões fundamentais para essa discussão: escola, drogas, família e mídia — mostra como se pode criar uma cultura de paz e de que maneira algumas formas de violência atingem o Brasil, principalmente a escola.

Era tarde na Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz quando vários alunos que estavam em recuperação aproveitavam o horário de recreio no pátio. A escola fica em Taiúva, uma cidadezinha no interior de São Paulo com aproximadamente 5 mil habitantes e que, de tão pequena, é classificada como uma daquelas cidades que nem estão no mapa.

Edmar Aparecido Freitas, violência simbólica teria levado à tragédia.
Mas um ex-aluno da escola, Edmar Aparecido Freitas, de 18 anos, chamou a atenção para a cidade. Naquela tarde de 27 de janeiro, ele pulou o muro, cumprimentou a zeladora e se dirigiu ao pátio. Sem dizer uma palavra, Edmar sacou de um revólver e abriu fogo contra seus ex-colegas. Recarregou a arma e recomeçou a atirar. Com os disparos, feriu sete pessoas. Em seguida, foi até a residência do caseiro e parou em frente à esposa deste, a qual, implorando para ser poupada, viu o jovem disparar um último tiro contra a própria cabeça. Horrorizados, os habitantes da cidade, bem como a opinião pública, perguntam-se: o que levou o jovem a agir dessa forma? Segundo os investigadores do crime, Edmar era “gordinho” durante a infância e boa parte da adolescência e, por isso, tornou-se alvo de chacotas por parte dos colegas. Mesmo quando conseguiu emagrecer, os outros alunos não o deixaram em paz. Isso teria sido o bastante para deflagrar a tragédia.
O delegado encarregado afirmou que o crime já vinha sendo planejado há pelo menos dois meses. Além disso, um amigo de Edmar provavelmente sabia o que estava por vir, pois foi comprar as balas juntamente com o jovem.
Em uma entrevista para o Portal, uma semana antes da tragédia, a pesquisadora Miriam Abramovay lembrava o massacre na Escola Secundária Columbine. Em 20 de abril de 1999, a pacata cidade de Littleton, no Colorado, foi palco da maior chacina em um estabelecimento escolar ocorrida até hoje nos EUA. Mascarados e fortemente armados, Dylan Klebold e Eric Harris, ambos de 18 anos, invadiram aquela escola e executaram 13 pessoas. Horas depois, cercados pela Swat, suicidaram-se.
Miriam lembrava que 17 alunos sabiam que o crime iria ocorrer, mas não foram capazes de contar a ninguém e evitar que o massacre acontecesse. “Isso provou que não havia confiança entre essa juventude e qualquer elemento da escola ou até mesmo os pais para que eles contassem o que estava acontecendo. A escola não é aberta para discussões e, muitas vezes, os adultos não escutam ou até fecham os olhos para o que se passa com os alunos”, diz.

Dylan Klebold e Eric Harris. Culto ao ódio levou ao maior massacre em uma escola nos EUA.
Não só nesse detalhe o relato da pesquisadora “antevia” o que se passou em Taiúva. Para ela, a violência simbólica (agressões verbais ou discriminação racial, por exemplo, como o problema enfrentado pelo “gordinho” Edmar) está presente nas escolas brasileiras, mas “finge-se que não está lá”. “A violência na escola sempre existiu. O que não estava lá era, por exemplo, a entrada de armas. Como vivemos numa sociedade mais violenta, isso acaba por exacerbar essas pequenas formas de incivilidade que, por menores que sejam, causam muito sofrimento”. Deixando de lado casos tão extremos, Miriam lembrou que a violência não se restringe a um problema individual, pois um aluno que é constantemente molestado tem grandes chances de não passar de ano e nem mesmo vai querer continuar indo à escola. Coincidência ou não, os crimes em Littleton e em Taiúva ainda guardam outra semelhança: tanto na residência de Edmar quanto nas casas dos estudantes americanos foram encontradas propagandas nazistas, marca registrada da cultura de ódio.
Professora da Universidade Católica de Brasília, a socióloga Miriam Abramovay se dedica ao estudo dos jovens escolarizados do Brasil. Entre muitos trabalhos que publicou, destacam-se Gangues, Galeras, Chegados e Rappers (Editora Garamond, 1999) e Escolas de Paz (Edições Unesco, 2001). Recentemente, ela coordenou a pesquisa “Violência, Drogas e Aids nas Escolas”, que já originou os livros Escola e Violência e Escola e as Drogas (Edições Unesco, 2002). Miriam, uma das mais respeitadas especialistas do assunto no país, é também vice-coordenadora do Observatório sobre Violências nas Escolas no Brasil e consultora do Escritório das Nações Unidas para o Controle de Drogas e Prevenção ao Crime (UN ODCCP) e do Banco Mundial de pesquisas e avaliações em questões de gênero, juventude e violência.
Para ela, a representação social que as pessoas têm da escola é de um lugar tranqüilo, seguro e de paz. “Quando pensamos em qualquer coisa ligada à infância ou à adolescência, pensamos em espaços protegidos. Quando a escola passa a ser um espaço não protegido, de violência, todos sentem, não só os jovens”, lembra. “Daí para a cultura do ódio é um passo”.
Cultura de paz
Na série de reportagens que o Portal preparou sobre a cultura de paz, a pesquisadora e outros especialistas falam sobre esse assunto, que é essencial para desarmar o verdadeiro estado de guerra instalado no país. É impossível pensar em soluções para a violência sem considerar questões como a qualidade das relações familiares, a capacidade de lidar com frustrações, os valores transmitidos em casa, na escola e na mídia, o uso de drogas, o acesso à educação. É impossível falar em cultura de paz sem falar em transformação e sem questionamento de valores e comportamentos.
“Cultura de paz é um conjunto de transformações necessárias e indispensáveis para que a paz seja o princípio governante de todas as relações humanas e sociais”, explica Feizi Milani, presidente do Instituto Nacional de Educação para a Paz e os Direitos Humanos. Ele explica que paz, ao contrário do que muita gente pensa, não significa ausência de ação, monotonia, passividade. Pelo contrário, é algo dinâmico, em contínua construção, que exige permanente diálogo para inverter os valores que levam à violência, como o individualismo, a competição, o ódio e o preconceito.
Fonte:http://www.educacional.com.br/reportagens/cultura_paz/default.asp


VIOLÊNCIA NA ESCOLA

O Estado de São Paulo, 15/04/2010 - São Paulo SP

Maioria de casos de bullying ocorre na sala de aula
Sociedade. Estudo com 5.168 alunos de 5ª a 8ª série mostra que 17% são vítimas ou agressores; fenômeno se alastra pela internet
Luciana Alvarez
Uma pesquisa nacional sobre bullying - agressões físicas ou verbais recorrentes nas escolas - mostrou que a maior parte do problema (21% dos casos) ocorre nas salas de aula, mesmo com os professores presentes.
Dos 5.168 alunos de 5.ª a 8.ª séries de escolas públicas e particulares de todas as regiões do País entrevistados, 10% disseram ser vítimas de bullying e 10%, agressores - 3% são ao mesmo tempo vítimas e agressores.
O estudo, feito pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats/FIA) para a ONG Plan Brasil, mostrou o despreparo das escolas e dos professores. "As escolas mostraram uma postura passiva para uma violência que acontece no ambiente escolar", afirmou Gisella Lorenzi, coordenadora da pesquisa. "Em outros países, o lugar preferencial de agressões é o pátio, onde costuma haver mais alunos e menos supervisão", disse Cléo Fante, pesquisadora da Plan, especialista em bullying. Segundo o estudo, 7,9% das agressões são feitas no pátio, 5,3% nos corredores e 1,8% nos portões da escola.
A socióloga Miriam Abramovay, da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), diz que o resultado demonstra que o estudante não se importa com a supervisão de um adulto, pois há uma banalização da violência nas escolas. "Essas agressões não são vistas como uma violência", diz. "Em geral, os professores dizem que é brincadeira. Falta um olhar perspicaz para perceber os conflitos." A pesquisa indicou também que 28% dos estudantes foram vítimas de algum tipo de violência dentro da escola no último ano e mais de 70% deles presenciaram agressões.
Quando se trata de agressões recorrentes, os meninos sofrem mais que as meninas: 12,5% deles se disseram vítimas, mas o número cai para 7,6% entre as garotas. O Sudeste é a região com mais vítimas de bullying - 15,5% - e o Nordeste, com a menor ocorrência (5,4%).
Rendimento. A principal consequência do bullying para a vida escolar é semelhante tanto para agredidos quanto para os agressores. A perda de "concentração" e "entusiasmo" pelo colégio foram as consequências mais citadas pelos dois lados (16,5% das vítimas e 13,3% dos agressores). "A violência na escola impede a plena realização do potencial das crianças", afirmou Moacyr Bittencourt, presidente da Plan Brasil.
Outros dados são que 37% dos entrevistados disseram que "às vezes" sentem medo no ambiente escolar e 13% afirmaram que nunca se sentem acolhidos. E, com a internet, insultos e ameaças via rede passaram a fazer parte da realidade dos alunos.
PARA ENTENDER - 1. O que é bullying? É qualquer tipo de agressão física ou moral entre pares (como colegas), que ocorre repetidas vezes nas escolas. A pesquisa considerou ao menos três vezes ao ano.
2. Qual a motivação para o bullying? Não há motivos concretos. Dicas para enfrentar o problema: Medo da escola - Uma criança que demonstre desconforto físico ou tristeza antes de ir para escola ou não queira participar de festas de colegas de colégio pode ser uma vítima.
Procure conversar com seu filho e com representantes da escola. Novos comportamentos - Crianças que tenham mudança brusca de comportamento - eram falantes e tornam-se quietas, por exemplo - também podem estar sofrendo bullying. Pais devem ficar atentos ainda a comportamentos agressivos Atenção e conversa - "Vítimas" e "agressores" precisam igualmente de atenção. Muitas vezes o comportamento agressivo tem motivações de insegurança e medo. O melhor caminho é mediar uma conversa franca entre os dois lados.

O Estado de São Paulo, 15/04/2010 - São Paulo SPUm novo termo para um velho problema
Cenário: Luciana Alvarez
Aprender sem medo é direito de todas as crianças, disse Cléo Fontes, coordenadora da pesquisa da Plan Brasil. E ninguém contesta essa declaração. O termo "bullying", em compensação, provoca polêmicas.
Na pesquisa, ele foi empregado para descrever agressões físicas ou verbais recorrentes e sem motivos - além do preconceito contra alguém diferente - entre colegas de escola.
Pela metodologia empregada, "recorrente" significou no mínimo três vezes em um ano letivo. Não entraram na conta agressões contra um professor ou funcionário da escola. Ficam de fora ainda as violências provocadas por desentendimentos pontuais entre os alunos.
Mesmo com tantas restrições, os números de agressores e agredidos assustam. Por ser um fenômeno de caráter social - o agressor o pratica em geral para ganhar status perante os colegas de escola -, os números de participantes indiretos devem ser bem maiores.
O argumento para se fazer um estudo sobre o bullying é justamente o fato de ser um problema grave, que acarreta prejuízos à aprendizagem e à formação psicológica das crianças, mas ainda pouco estudado.
Esta foi a primeira pesquisa nacional sobre o fenômeno, que teve impulso com a internet - fotos feitas pelo celular e campanhas em sites de relacionamento são novas armas de agressão.
Mas por que separar o bullying das outras violências no ambiente escolar? Para Miriam Abramovay, que já fez estudos sobre violência nas escolas para Unesco, Banco Mundial e Unicef e hoje coordena o setor de pesquisas da Ritla, não deveria haver distinção. "Chamar de bullying parece um abrandamento", diz. Na verdade, bullying é um termo novo para um antigo problema das escolas que ainda não foi resolvido.
O Estado de São Paulo, 15/04/2010 - São Paulo SPGoverno, prefeitura e escolas atacam problema
Governos e escolas começam a tomar consciência da gravidade do bullying e estão criando medidas para combatê-lo. A Prefeitura de São Paulo publicou em fevereiro um decreto determinando que todas as escolas da rede incluam em seus projetos pedagógicos medidas de conscientização e prevenção ao bullying. Na rede estadual, o governo entregou aos coordenadores pedagógicos material informativo sobre o problema.
"Desde 1996 trabalhamos a ideia da cultura da paz, mas no ano passado incluímos o conceito de bullying", disse Edson de Almeida, chefe da Educação Preventiva.
Nas escolas particulares, o diálogo com pais e alunos é a chave para tentar evitar o fenômeno. "Muitas vezes o problema é a afetividade das crianças. A gente trabalha isso em parceria com os pais", disse a diretora do Colégio Catamarã, Vera Anderson.
Na escola Itatiaia, as salas com apenas 15 alunos facilitam a supervisão. "Existe um bullying de cutucões e risadas. O professor precisa estar atento", diz a coordenadora Adriana Iassuda. / CARLOS LORDELO E L.A.

Folha de São Paulo, 15/04/2010 - São Paulo SPAto se tornou mais violento, diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
Para Vera Zimmermann, coordenadora do CRIA (Centro de Referência da Infância e Adolescente) da Unifesp, o bullying é um fenômeno que sempre aconteceu, mas tem se manifestado de forma mais violenta também entre as meninas. A pesquisa mostra que 7,6% delas já praticaram bullying. Entre os meninos, o número é de 12%. (TALITA BEDINELLI)
FOLHA - O bullying aumentou?
VERA ZIMMERMANN -
O bullying é uma questão que sempre existiu, em todas as épocas. Geralmente acontece e se repete com crianças ou pessoas mais fragilizadas. Não é um fenômeno novo, mas temos percebido que há um aumento na conduta agressiva, também entre as meninas, o que era mais raro.
FOLHA - Por quê?
ZIMMERMANN
- Imagino que por uma mudança sociocultural. Elas hoje conseguem brigar mais.
FOLHA - Quem é o agressor?
ZIMMERMANN -
Em menor ou maior grau qualquer um agrediu e foi agredido. Mas aquele que repetidamente assume posição de agressão tem um um psiquismo muito fragilizado que precisa manter a própria autoestima diminuindo o outro. As escolas precisam intervir, mas é preciso tomar cuidado para não inibir totalmente. Pode haver conflito, gozação. Isso serve de aprendizagem para a convivência.

Edição:  Prof. Christian Messias  | Fonte:  Citadas no topo de cada matéria
Fonte: http://www.vooz.com.br/blogs/noticiarios-sobre-o-bullyng-na-escola-34839.html

sábado, 21 de agosto de 2010

VIDEOAULAS DE PORTUGUÊS

Olá, alunos!
Para você que tem interesse em antecipar os seus estudos para os vestibulinhos ou para você que já está se preparando para algum vestibulinho, abaixo listei boas aulas em vídeos e o conteúdo de cada uma delas. Vale a pena conferir o conteúdo está bem elaborado. Confira!

Uso dos porquês:

 Concordância verbal:
ttp://www.youtube.com/watch?v=TM3iv1ASik8&feature=related


Concordância nominal:
http://www.youtube.com/watch?v=VV9He2C2law&feature=related

 Uso da crase com a Professora Sandra Franco 1/02:
http://www.youtube.com/watch?v=_3qwrmFBjhQ&feature=related


Uso da crase com a Professora Sandra Franco 2/02:
http://www.youtube.com/watch?v=wA1MpuUIGLo&feature=related


Uso da crase com o Professor Pasqualle:
http://www.youtube.com/watch?v=_3qwrmFBjhQ&feature=related


Figuras de linguagem através de músicas:
http://www.youtube.com/watch?v=9LFufdm1w2Q


Uso dos porquês através de teatro de fantoches:
http://www.youtube.com/watch?v=eyOXfS3BBYU&feature=related


Recursos sintáticos na construção do texto:
http://www.youtube.com/watch?v=zzdO4QrbWrY


Ambigüidade e Paráfrase:
http://www.youtube.com/watch?v=vNr-iF3ZWzk&feature=related

Coesão e Coerência:
http://www.youtube.com/watch?v=wmDQamQb0xA&feature=related


Elementos da Narrativa 1:
http://www.youtube.com/watch?v=Qq50TECn9So&feature=related


Elementos da Narrativa 2 (Foco Narrativo):
http://www.youtube.com/watch?v=oNXtbzP8gfE&feature=related

Elementos da Narrativa 3:

http://www.youtube.com/watch?v=EitNX9x7sMc&feature=related

Bons estudos!
Profª Francisca

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

SENHORES PAIS CONVOCADOS PARTICIPEM DA REUNIÃO DE PAIS DO DIA 21.08.2010

DICAS DE COMO AUXILIAR O FILHO NA

ESCOLA

1. ELOGIE SEMPRE, mesmo os menores progressos. Saiba enxergar motivos para elogiar seu filho.


2. ESTABELEÇA HÁBITOS DIÁRIOS saudáveis para: alimentação, estudo e lazer. Faça seus filhos cumpri-los com firmeza e serenidade. Saber dizer NÃO também é uma prova de amor.


3. DÊ BONS EXEMPLOS! MOSTRE QUE ESTUDAR É IMPORTANTE.


4. LOCAL PARA AS TAREFAS: Crie um ambiente propício para o estudo. Um local iluminado, ventilado e sem ruídos facilita o entendimento e a assimilação do conteúdo estudado.


5. ACOMPANHE AS TAREFAS: Enquanto seu filho faz as tarefas escolares, aproveite para ler um livro ou um jornal ao seu lado. Assim, ele sentirá seu apoio e participação.


6. ESTIMULE A PESQUISA. Ensine o seu filho a usar o computador como uma ferramenta útil para pesquisar e descobrir as respostas por conta própria.


7. RESPEITE O RITMO DE ESTUDO e de assimilação da matéria de seu filho. Não o compare com os colegas, com outros filhos ou até mesmo com você, relembrando a época em que era estudante! Todos somos diferentes e temos ritmos de estudo diferentes.


8. CONHEÇA AS DIFICULDADES DE SEU FILHO e procure soluções definitivas para elas. Buscar socorro de última hora somente para tirar uma boa nota na prova pode comprometer os estudos no futuro. PREVENIR É A MELHOR SOLUÇÃO!


9. INCENTIVE O SEU FILHO A LER: Leia para o seu filho, leia com o seu filho e presenteie seu filho com gibis, revistas e livros.


10. PARTICIPE DAS ATIVIDADES, REUNIÕES E EVENTOS DA ESCOLA de seu filho. Converse com os professores periodicamente por meio da agenda.


11. INCENTIVE O SEU FILHO A PARTIR DE AULAS DE RECUPERAÇÃO OU GRUPO DE ESTUDO.






Texto adaptado do Guia para os pais Kumom

Profª Francisca P.Martins

Reunião de Pais – 21.08.2010
COMO AJUDAR O SEU FILHO A TER BOM

DESEMPENHO NA ESCOLA

1- Muitas vezes, a ajuda para seu filho ter um bom desempenho na escola é uma questão de "mais" ou "menos": Mais escuta, menos repreensão; mais questionamentos, menos queixas inúteis; mais elogios, menos detalhamentos; mais busca de sugestões, menos oferecimento de conselhos.

2- Ame seus filhos profundamente para permitir que eles sejam os melhores.

3- Atualmente, as crianças precisam daquilo de que os alunos sempre precisaram para se dar bem na escola: estrutura familiar, disciplina, desafios, respeito, reconhecimento, oportunidades, escolhas, segundas oportunidades, compreensão e muito amor. Achar um jeito de materializar tudo isso é papel dos pais.

4- Não espere 10 em tudo, mesmo que seu filho seja muito inteligente. Expectativas rígidas e irreais fazem a criança imaginar que, para conseguir o amor dos pais, tem de alcançar padrões inatingíveis. Demonstre seu amor sempre!

5- Seja realista quanto ao que ocorre na escola. Prepare-se para os problemas. Prepare-se para as soluções. Assim, você não será pego de surpresa.

6- Sempre encare um grande esforço como bom desempenho. Elogie quando seu filho demonstrar dedicação e esforço, mesmo que não tire um 10!

7- O bom desempenho escolar é um assunto para a família toda. Nenhum aluno o consegue sozinho. Procure apoiá-lo diariamente, oferecendo condições para que estude, se desenvolva e aprenda.

8- Não permita que os outros definam o potencial de seus filhos.

9- O bom desempenho escolar é uma meta que vale a pena ser perseguida, mas não seja duro demais com seus filhos ou consigo mesmo.

10- Se você quiser ser reconhecido por ter contribuído para o bom desempenho de seu filho na escola, aceite também as críticas pelas falhas.

11- Bom desempenho escolar não se compra. Não ofereça dinheiro para seu filho fazer o dever de casa. O resultado disso não é um aluno melhor, mas uma criança mal-educada, mimada e interesseira.

12- Não peça nem espere favores de seu filho. Os estudantes se fortalecem quando fazem as coisas sozinhos, sem esperar que alguém faça algo por eles.

13- Nunca elogie a mediocridade. O elogio gratuito desvaloriza o que tem mérito. Elogie os esforços e as conquistas bem-feitas.

14- Procure ser um modelo em tudo para o seu filho.

15- Seja um bom ouvinte, às vezes, o melhor modo de ajudar o desempenho de um filho é simplesmente estar disposto a escutá-lo.

16- Quando algo vai mal na escola, lembre-se de que seu filho não é mau, preguiçoso ou burro - é apenas uma criança e que está em formação. Cabe a você ajudá-lo em seu crescimento.

17- Seus filhos podem ter a melhor educação formal que quiser dar a eles. Isso talvez signifique trabalho duro, esforços extras, escolhas difíceis, sacrifícios e firmeza, mas pode se tornar real. Se não se tornar, alguns professores e diretores talvez tenham uma parcela da responsabilidade, mas o verdadeiro motivo é que você e seus filhos não desejaram isso de verdade.

Texto adaptado do 1º Capítulo do livro Criança Nota 10, Autor: Robert D. Ramsey,
Editora: Publifolhav, pela Profª Francisca P.Martins

PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA O GRUPO DE ESTUDO

A Bola que rola nas quadras, nos gramados e nas areias das praias foi tema de Músicas, Poemas, Reportagens, Crônicas e outros gêneros textuais. O poema narrativo Martim Cererê - O jogador de Futebol, de Cassiano Ricardo também abordou o tema. Veja:

MARTIM CERERÊ - Jogador de Futebol

O pequenino vagabundo joga bola
e sai correndo atrás da bola que solta e r.ola.
Já quebrou quase todas as vidraças
Inclusive a vidraça azul daquela casa
onde o sol parecia um arco-íris em brasa.
Os postes estão hirtos de tanto medo.
(O pequenino vagabundo não é brinquedo...)
E quando o pequenino vagabundo
cheio de sol, passa correndo entre os garotos,
de blusa verde-amarela e sapatos rotos,
aparece de pronto um guarda policial,
o homem mais barrigudo deste mundo,
com os seus botões feitos de ouro convencional,
e zás! carrega-lhe a bola!
“Estes marotos
precisam de escola...

O pequenino vagabundo guarda nos olhos,
durante a noite toda, a figura hedionda
do guarda metido na enorme farda
com aquele casaco comprido todo chovido
de botões amarelos.
E a sua inocência improvisa os mais lindos castelos;
e vê, pela vidraça,
a lua redonda que passa, imensa,
como uma bola jogada no céu.
“É aquele Deus com certeza,
de que a vovó tanto fala.
Aquele Deus, amigo das crianças,
que tem uma bola branca cor de opala
e tem outra bola vermelha cor do sol;
que está jogando noite e dia futebol
e que chutou a lua agora mesmo
por trás do muro e, de manhã, por trás do morro,
chuta o sol ...

Cassiano Ricardo

Agora leia o texto produzido por Luis Fernando Verissimo:

O mistério do futebol - Luis Fernando Verissimo


18 de setembro de 2007 - 20:29

"O prazer de acertar um chute no ângulo da goleira. Qualquer goleira. O que pode se comparar,
na experiência humana? Ou na experiência humana de um brasileiro?"
Começa quando a gente é criança. Quando qualquer coisa - até o corredor da casa - é um campo de futebol e qualquer coisa vagamente esférica é a bola. Se é genético, não se sabe. Um brasileiro criado na selva por chimpanzés, quando se pusesse de pé, começaria a fazer embaixadas com frutas, mesmo sem saber o que estava fazendo? Não se sabe.
Nenhum prazer que teremos na vida depois, incluindo a primeira transa, se iguala ao prazer da primeira bola de verdade. Autobiografia: sou do tempo da bola de couro com cor de couro. A oficial, número 5. Ganhei a minha primeira com cinco ou seis anos. Ainda me lembro do cheiro. Depois de ganhá-la, você ficava num dilema: levá-la para a calçada e começar a chutá-la, ou preservar o seu couro reluzente? Uma bola futebol de verdade era uma coisa tão preciosa que se hesitava em estragá-la com o futebol.
Futebol de calçada. O tamanho dos times variava. De um para cada lado a 14 ou 15 para cada lado. Duração das partidas: até escurecer ou a vizinhança reclamar, o que acontecesse primeiro.
Nada interrompia as partidas. Ninguém saía. Joelho ralado, a mãe via depois. Gente passando na calçada que se cuidasse. Só se respeitava velhinha, deficiente físico e, vá lá, grávida. Os outros não estavam livres de ser atropelados. Quem mandara invadir nosso campo?
Comparado com calçada, terreno baldio era estádio. E terreno baldio com goleiras, então, era Maracanã. As goleiras podiam ser feitas com sarrafos ou galhos de árvore. Não importava, eram goleiras. Um luxo antes inimaginável.
O prazer de acertar um chute no ângulo da goleira. Qualquer goleira. O que pode se comparar, na experiência humana? Ou na experiência humana de um brasileiro?
Todos estes prazeres passam - com o tempo e as obrigações, com a vida séria, com a barriga - mas o amor pelo nosso time continua. Confiamos ao nosso time a tarefa de continuar nossa infância por nós. Passamos-lhe a guarda dos nossos prazeres com a bola. A relação com o nosso time é a única das nossas relações infantis que perdura, tão intensa e irracional quanto antes. Ou mais.
De onde vem isso? Que tipo de amor é esse? Um mistério. Dizem que no fundo é uma necessidade de guerra. De ter uma bandeira, ser uma nação e arrasar outras nações, nem que seja metaforicamente. Psicologia fácil. Não explica por que a pequena torcida do Atlético Cafundó, que nunca arrasará ninguém, continua torcendo pelo seu time. Talvez o que a gente ame no futebol seja o nosso amor pelo futebol. Isso que nos faz diferentes dos outros, que amam o futebol mas não tanto, não tão brasileiramente.
Ou talvez o que a gente ame seja justamente o mistério.

* Luis Fernando Verissimo – Jornalista e escritor


AGORA É A SUA VEZ!
A 1ª proposta de produção de texto para o grupo de estudo: Escreva uma crônica sobre futebol.Você deverá seguir as seguintes instruções:

 Escreva o seu texto, a partir do poema de Cassiano Ricardo. A situação corriqueira de um grupo de crianças brincando de futebol na rua será seu ponto de partida. Você poderá ampliar a narrativa construida pelo poeta, acrescentando ao texto outros elementos da narrativa e não se esqueça de que o seu  texto deverá apresentar outra estrutura, já que a proposta é construir uma Crônica Narrativa.
Mantenha a mesma pessoa do discurso (3ª pessoa) e escreva  um texto com, no máximo, 25 linhas.
 
Cada turma deverá entregar o seu texto, em folha de almaço, no dia de sua aula de Grupo de Estudo.
Um abraço e até lá!
 
Profª Francisca

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A bola e o livro

Galeno Amorim - 14/07/2010

Publicado em Revista Gestão & Negócios

O sonho de Edward era ser jogador de futebol. Começaria, por certo, no seu glorioso Mirassol Futebol Clube e, depois, num time grande. Quem sabe não ainda virasse ídolo do escrete nacional...
Por falta de treino é que não era. Todo santo dia aquele bando de garotos sem eira nem beira praticava com fervor quase religioso, rumo à glória quase certa. Era o sonho dele. E de milhões de outros Edward pelo (quase) país do futebol da época, em meados do século 20.
E não é que foi mesmo graças, de certa forma, ao futebol que a vida dele deu uma guinada?!
Pois num belo dia, Edward, não mais que oito anos, participava de uma disputadíssima pelada no pátio da escola. Eis que um perna-de-pau qualquer dá um tremendo chutão e a bola vai parar lá longe. Escalado pra resgatar a preciosa, que se enfiara por uma maldita janela aberta, lá foi ele. O que viu, do outro lado, chamou sua atenção.
E gostou tanto que não voltou mais.
Jamais o menino vira tanto livro junto assim. Aquilo era uma biblioteca. E justo naquela hora chegava uma penca de livros novinhos em folha. Pegou um deles – era “A Banana que Comeu o Macaco”, disso jamais se esqueceria pelo resto de sua vida. Em um ano, Edward leria aquele e outros 250 livros.
Aos poucos, já escrevia melhor. Um dia, o professor mandou, em que soubesse, um texto seu para um concurso. O rapazote faturou o primeiro lugar! Passou a gostar cada vez mais de negócio de ler. Abiscoitou mais um prêmio aqui e outro lá, e a até passou a ganhar algum dinheiro com isso.
Resolveu entrar para o Banco do Brasil, sonho de consumo e de carreira para jovens atrás de um bom emprego. Mas, na hora da prova, tirou um belo zero em Contabilidade. Só que os livros que habituara a ler o tempo todo o ajudariam a livrar a cara: o rapaz ganhou nota dez em todas as outras matérias!
Mais uma vez, os livros mudariam o rumo da sua vida: um dia ele corrigiu a professora numa aula do Cursinho. Argumentou tão bem que a escola não teve dúvidas: contratou na mesma hora o aluno para lecionar no lugar dela. Para dar conta das aulas de Latim na faculdade, ele resolveu ir a um sebo atrás de livros. Como o dinheiro era curto, resumiu bem resumido um e outro. Quando se deu conta, tinha feito seu próprio livro – o primeiro de uma longa série que estava por vir.
Edward e os livros pareciam mesmo fadados uns aos outros. E decidiu ir de vez atrás deles e abraçar a carreira de linguista. Acabou ficando famoso. Hoje em dia, não há faculdade de Letras no País que não estude ou tenha como referência alguma obra de Semiótica e Linguística do professor Edward Lopes.
—A arte é eterna, não a Ciência... – ele ensina.
A seleção brasileira de futebol pode ter perdido um talento incerto. Mas o País acabou ganhando um craque das letras.
Galeno Amorim é jornalista, escritor e diretor do Observatório do Livro e Leitura. Criou o Plano Nacional do Livro e Leitura, no Governo Lula, e é considerado um dos maiores especialista do tema Livro e Leitura na América Latina.

www.blogdogaleno.com.br

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