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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

"Uma criança, uma professora, uma caneta e um livro podem mudar o mundo."

Os estudantes da EMEF. Prof.ª Lúcia Pereira, escola municipal onde trabalho, estão comovidos com a situação de milhares de crianças exploradas, que não têm seus direitos garantidos e perdem sua infância vendendo doces nas ruas, trabalhando como domésticas, nos lixões catando latinhas, na agricultura, nas carvoarias, nas pedreiras e em muitas outras atividades.
Mas, não basta ficar comovido, é preciso que cada um faça a sua parte e ajude a combater a exploração do trabalho infantil. Com ideias, denúncias e pequenas ações, como este projeto escrita,  que estou desenvolvendo na escola.
Depois de ler, debater e compreender que a exploração do trabalho infantil é um problema que afeta a todos os brasileiros, os estudantes passarão a manifestar suas opiniões sobre o problema e a pensar em propostas de soluções para erradicar o trabalho infantil no Brasil. Por isso, a partir desta postagem, você entrará em contato com as propostas de soluções elaboradas pelos estudantes.
Participe desta rede, comente as postagens, compartilhe conosco suas sugestões. Desta forma, acreditamos que poderemos ajudar a combater a exploração infantil.

Confira as sugestões dos estudantes:

Olá, professora!

O vídeo Trabalho infantil: Ontem e Hoje é muito interessante, nos mostra a realidade das crianças e adolescentes que são exploradas, fazendo trabalhos pesados muitas vezes.
A minha sugestão para solucionar esse problema é estar mostrando cada vez mais para as pessoas essa questão e criar projetos como o "Projeto Axé", citado no vídeo, seria bem interessante, ajudaria muitas crianças e adolescentes a sair desse grande problema.

A minha sugestão para esse problema também é falar para outros professores, colegas de outras escolas e fazer outros trabalhos para ajudar essas crianças e adolescentes.
Para finalizar, gostaríamos de fazer outros trabalhos como esse para expor esse problema para outras pessoas.

Nomes: Beatriz Adamec e Júlia Aparecida / 6 Ano A

Olá, professora!

O vídeo Trabalho infantil ontem e hoje nos mostra a realidade de muitas crianças e adolescentes, que deixam de ter seus direitos  garantidos para trabalhar para ajudar na renda da família.
Sobre esse tema, a nossa sugestão para amenizar esse problema é denunciando, pois assim pessoas com poder, como por exemplo, juízes e fiscais, ficariam mais atentos sobre esse problema. Para denunciar, é só ligar para o número 100, a ligação é gratuita.
Outra solução, é que os juízes possam sair de seus gabinetes para ir às ruas onde muitas crianças e adolescentes trabalham, mesmo sabendo que isso não  seja parte de seu trabalho.
Essas foram duas maneiras de ajudar. Mas, existem muitas outras. Faça isso pelo seu próximo!

Larissa Eduarda de Castro e Jhonatan H. da Silva, 6ºA 


Em nossa opinião, o que pode ser feito para erradicar o trabalho infantil é:

Os procuradores do Ministério Público do Trabalho tem que ajudar não só as crianças que estão trabalhando, mas também os pais, pois ajudando os pais ajudarão todas as crianças da família. 
Todas as pessoas que conhecem alguma criança que trabalha deve denunciar, disque 100.

Geovanna Rodrigues e Lucas Ferraz, 6ºA


Para combater o trabalho infantil, minhas sugestões são:

“Denunciar pessoas que abusam de crianças e adolescentes que trabalham em ruas, casas, sofrem abusos, disque 100, você pode ajudar, faça isso pelo seu próximo.”

Jhonatan Aparecido Cacique de Paula, 6ºA


“As ideias para acabar com a exploração do trabalho infantil são muito simples, a primeira é denunciar a pessoa quem está explorando a criança ou contar para a polícia para prender a pessoa.”

Paulo e João, 6ºA

Oi, professora!

O vídeo Trabalho Infantil: Ontem e Hoje fala muito sobre como acabar esse problema da exploração do trabalho infantil.
Bom, na minha opinião, acho que se todos os educadores, assim como você, falassem sobre esse problema e de como ele vem aumentando cada vez mais, as crianças e também os adultos teriam consciência sobre essa questão e ajudariam muito a erradicar e diminuir cada vez mais o número de crianças trabalhando no mundo.
E, se fizéssemos o possível, para compartilhar ainda mais essa questão com as pessoas a nossa volta, elas também poderiam se juntar a nós. 
Projetos como o "Projeto Axé", citado no vídeo, ajudaria muito tirando crianças e adolescentes das ruas, fazendo com que essas crianças e adolescentes tenham direito à educação e também às atividades educativas.
Para finalizar, gostaria muito de fazer outros trabalhos sobre a "Exploração do Trabalho Infantil", para estar compartilhando essa realidade com as pessoas, para as pessoas terem consciência desse grande problema.

Beatriz Adamec, 6ºA

Olá, pessoal!

A partir de agora vou apresentar a vocês as minhas sugestões para erradicar o trabalho infantil no Brasil. Vamos começar!?

1-Se vocês conhecem algum caso de exploração, faça a sua parte e  denuncie. Ligue 100, a ligação é gratuita!

2-Faça panfletos para que o trabalho infantil não exista no Brasil e distribua para a comunidade!

3-Faça palestras para acabar o trabalho infantil no Brasil!

4-Publique na internet ou faça seu próprio site falando e comentando nas redes sociais sobre o assunto do trabalho infantil no Brasil. Dê opiniões e ideias para que a comunidade brasileira proteste contra o trabalho infantil para que algo seja feito de bom para sociedade brasileira!

Mayara Batista, 6ºB


Essa reportagem que e li, Trabalho Infantil no Brasil, mostra crianças que trabalham para sustentar a família e têm seus direitos negados.
Na Bahia existe um projeto chamado Axé, que reuni crianças que trabalham para ensinar coisas novas. Essa é uma ideia muito boa, mas também existem outras como: 
  • criar mais programas para erradicar o Trabalho Infantil;
  • fazer palestras, protestos.para tornar as leis do ECA mais vigorosas;
  • ter apoio dos presidentes de toda a América Latina para lutar contra isto.
Para finalizar, compartilhe suas ideias e vamos tornar essa lei mais forte juntos, porque sozinhos não vamos conseguir tornar essa lei mais rigorosa!!!

Henrique Júnio de Carvalho Pena, 6ºB


"O trabalho infantil é um grande problema em nosso país, que não afeta só as crianças, mas também a nossa família. Desse jeito, as crianças não têm acesso a muitos direitos como: higiene, alimentação, educação, saúde e família.
Temos que fazer nossa parte, o que você puder fazer faça!

         SUGESTÕES PARA  ERRADICAR 
O TRABALHO INFANTIL NO BRASIL:

1-Sair pelas ruas e entregar folhetos para as pessoas tratando do assunto;
2-Fazer várias palestras falando sobre o trabalho infantil;
3-Criar um site que tenha várias informações e vídeos falando sobre o trabalho infantil.
      Faça sua parte!"

Gabriel de Jesus e Henrique Júnio 6ºB 


O Trabalho Infantil no Brasil

O Trabalho Infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme a legislação do país.
O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. Especificadamente, as formas mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem crime.
O trabalho só é legal para quem?
O trabalho só é legal para adolescentes de 14 a 16 anos de idade, mesmo assim são considerados menores aprendizes e trabalham com remuneração.
Crianças trabalhadoras perdem o direito de ir a escola, de brincar, de ter saúde, entre outros.
Agora que você sabe quais são as consequências do trabalho infantil, vou dar algumas sugestões para combater este problema:
1-  Denunciar o trabalho infantil, se souber de algum caso.
2-  Criar um local de acolhimento para crianças e adolescentes que vivem na rua.
3-  Dar Bolsa-família a essas crianças e adolescentes, para poderem ir à escola.
Esse problema afeta não só as crianças, mas também a todo Brasil. Disque 100 e denuncie, a ligação é gratuita.


Daniella Lima e Rebecca Giovanna 6ºB

"Olá, caro leitor!

Nessa lista apresentaremos as nossas propostas para erradicar o trabalho infantil no Brasil:

1°  Apresentar palestras para a comunidade para a conscientização de mais pessoas que não sabem como a exploração do trabalho infantil afeta o futuro do país;
2°  Contratar mais fiscais para efetivar a fiscalização;
3° Distribuir panfletos com os telefones para denúncia desse problema;
4° Criar projetos nas escolas para conscientizar os alunos e funcionários sobre esse problema;

Essas foram as nossas propostas para erradicar o trabalho infantil no Brasil, se você tem alguma proposta diferente da nossa, mande no gmail: francisprofessora@gmail.com "


Caio Vinícius e João Augusto, 6ºB 


"O vídeo Trabalho Infantil Ontem e Hoje fala sobre o trabalho infantil. Esse tipo de exploração é ilegal em todo o país, toda criança tem o direito de estudar, brincar, se divertir, à saúde e à uma família. 
Nenhuma criança deveria trabalhar, pois  o trabalho só é legal quando essa criança  completar 15 anos, mesmo assim é considerado menor aprendiz.
Vamos dar algumas sugestões para tentar erradicar esse tipo de exploração infantil:
1.     Criar sites falando sobre esse tipo de exploração sofrida pelas crianças e o quanto isso afeta a todos do Brasil;
2.     Fazer manifestações e panfletos sobre esse tema;
3.     Fazer anúncios na televisão."

Letícia e Bianca Santos 6 ano B


Olá, caro leitor!

Vamos dar algumas dicas de como erradicar o trabalho infantil no Brasil.
1- Se você vir alguma situação de trabalho infantil, faça sua parte denuncie, ligue 100, a ligação é gratuita.
2- Comente com sua comunidade sobre o trabalho infantil no Brasil, faça manifestações civilizadas contra o trabalho infantil no Brasil.
3- Faça panfletos e distribua na comunidade.

Concluindo, nossas sugestões e propostas, ajude a erradicar o trabalho infantil no Brasil!!

Mayara Batista Bianca Pozzato,  6º ano B


Olá, professora!

Adorei o vídeo do trabalho infantil, Trabalho infantil ontem e hoje, achei muito interessante. Minhas sugestões para erradicar esse tipo de trabalho são:
1.     Construir uma escola para as crianças que trabalham;
2.     Denunciar à policia casos de crianças que trabalham e não vão a escola;
3.     Doar comida, dinheiro, roupas etc... para as crianças e os pais;
4.     Ajudar as crianças a parar de trabalhar, para brincarem, terem saúde e infância boa;
5.     Inspirar as crianças a irem pra escola e ter conhecimento;
6.     Criar um clube de conversa com os pais para pararem de fazer os filhos trabalharem;
7.     Fazer de tudo para que as crianças parem de trabalhar;
8.     Dar livros, brinquedos, comida e dinheiro para as famílias que sofrem com o trabalho infantil;
9.     As crianças deixem de lado esse tipo de vida; 
10.          Que os diretores de outras escolas aceitassem as crianças que trabalham para que se sintam bem na escola, dando todo o amor e carinho que possam dar.

Eduardo Silva Santos, 6ºB



terça-feira, 10 de novembro de 2015

Vale a pena ler mais uma crônica de Fernando Sabino. Leia e descubra qual o tema abordado.

MENINO DE RUA
Fernando Sabino

Eram dez e meia da noite e eu ia saindo de casa quando o menino me abordou. Por um instante pensei que pedia dinheiro. Cheguei a lhe estender uma nota de dez cruzeiros, ele pareceu surpreendido mas aceitou. Usava uma camisa velha e esburacada do Botafogo, o calção deixava à mostra as perninhas finas que mal se sustinham nos pés descalços. Era moreno, com aquela tonalidade encardida que a pobreza tem. Segurava uma pequena caixa de papelão já meio desmantelada.
- Que é mesmo que você pediu? Não foi dinheiro?
- Uma coberta.
- Uma coberta? Para quê?
- Pra eu dormir.
Realmente estava frio, mas onde ele queria que eu arranjasse uma coberta? O jeito era voltar em casa, descobrir uma coberta velha, trazer para ele. Foi o que fiz: apanhei uma colcha já usada mas ainda de serventia e lhe trouxe. Ele aceitou com naturalidade, sem me olhar nos olhos. Não parecia ter mais de nove anos, mas me disse que já tinha treze.
- Onde é que você dorme?
- Num lugar ali – e fez um gesto vago para os lados da praça General Osório.
- Dorme sempre na rua? Não tem casa?
- Tenho.
- Onde?
- Em Austin.
- Onde fica isso? É longe daqui?
- Não é não. Fica no Estado do Rio.
- Por que você não vai pra casa?
Ele mordeu o lábio inferior, calado um instante, mas acabou respondendo:
- Mamãe me expulsou.
- Por quê? Alguma você andou fazendo.
- Não fiz nada não – reagiu ele, de súbito veemente: - Minha irmã é nervosa, quebrou o vidro da televisão e disse que fui ei. Então minha mãe me expulsou.
- Quando foi isso?
- Tem quase três anos.
- Três anos? E você nunca mais voltou?
- Voltei não.
- Como é que você viveu esse tempo todo? Que é que você come?
- Peço resto de comida.
- Pra que serve esse papelão?
- Pra cobrir o chão de dormir.
- Você tem algum amigo?
- Não gosto de amigo não, que amigo faz trapalhada e a gente é que acaba preso.
O nome dele era Carlos Henrique.
- Volta pra casa, Carlos Henrique.
E fiz uma pequena pregação: mãe é sempre mãe, ela devia estar sentindo falta dele. Melhor em casa que ficar por aí na rua, sem ter onde dormir. A mãe trabalhava em Nova Iguaçu, ele me havia dito, devia viver da mão pra boca, mas ainda era pra ele a melhor solução. Não tinha nem nunca teve pai.
- Você sabe ir até lá?
- Sei. Tomo o ônibus até a Central e lá pego o trem até Austin.
- Então vai mesmo, heim?
Ele prometeu ir assim que o dia clareasse. Para isso dei-lhe mais algum dinheiro e ele se afastou, com sua colcha e seus pedaços de papelão, esgueirando-se pelos cantos como um ratinho.

Não acredito que tenha ido. Certamente continuará rolando por aí mesmo, mais dia menos dia transformado em pivete, se exercitando na prática de pequenos furtos, em que, pelo jeito, ainda não se iniciou. E se por acaso voltarmos a nos encontrar daqui a uns poucos anos, não me resta nem a esperança de que me reconheça e não me mate – pois seguramente, e com justas razões, já estará transformado em assaltante. (SABINO, 1995, p.31-34).

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Estrutura da Notícia




1º Parágrafo - LEAD da notícia: Resume fato que será noticiado. Neste parágrafo, devem ser dadas respostas às perguntas: quem?, o quê?, onde? e quando?
Exemplo:


A menor, Cenira Alvarenga, 10, foi resgatada, na tarde de ontem, de uma mansão no bairro Mangueirão, em Belém, onde era obrigada a realizar serviços domésticos.


2º Parágrafo - Como? Neste parágrafo, deve-se apresentar a explicação para o leitor de como a menina foi resgatada. Exemplo:


A vizinha da patroa de Cenira cansada de ouvir os choros da menina durante a noite, resolveu na tarde de sexta-feira, pôr um fim aos atos de violência de exploração contra a pobre menina, fazendo uma denúncia ao Conselho Tutelar da cidade.


3º Parágrafo - Por quê? Nesse parágrafo, devem-se explicar os motivos que levaram a menina a trabalhar na mansão.


Depois de uma conversa com a garota Cenira, o conselheiro, Raul Pedroso, 39, descobriu que a menina foi trabalhar na mansão, com a promessa de um futuro melhor na capital, que incluía a oportunidade de ir à escola, mas nenhuma promessa foi cumprida pela patroa.


4º Parágrafo: Complemento - Não é obrigatório, apenas completa com informações extras, que nem sempre aparecem numa notícia.


A menina ainda relatou que trabalhava, desde os oito anos,  cumpria a pesada jornada de trabalho diário das 6h da manhã à meia-noite e era impedida de visitar a família.



Procure ler a notícia na íntegra abaixo e perceber os elementos e a estrutura que compõe uma NOTÍCIA.

MODELO DE NOTÍCIA


EXPLORAÇÃO DE MENOR CHEGA AO FIM EM BELÉM


LEAD A menor, Cenira Alvarenga, 10, foi resgatada, na tarde de ontem, de uma mansão no bairro Mangueirão, em Belém, onde era obrigada a realizar serviços domésticos. Sua patroa foi encaminhada à polícia e responderá a processo judicial.


COMO? A vizinha da patroa de Cenira cansada de ouvir os choros da menina durante a noite, resolveu na tarde de sexta-feira, pôr um fim aos atos de violência e de exploração contra a pobre menina, fazendo uma denúncia ao Conselho Tutelar da cidade.


POR QUÊ? Depois de uma conversa com a garota Cenira, o conselheiro, Raul Pedroso, 39, descobriu que a menina foi trabalhar na mansão, com a promessa de um futuro melhor na capital, que incluía a oportunidade de ir à escola, mas nenhuma promessa foi cumprida pela patroa.


A menina ainda relatou que trabalhava, desde os oito anos,  cumpria a pesada jornada de trabalho diário das 6h da manhã a meia-noite e era impedida de visitar a família.

(Texto produzido para fins didáticos pela professora Francisca P.Martins)

domingo, 8 de novembro de 2015

Plano de Aula - Crônica

O que é uma crônica?

A crônica é um gênero literário produzido essencialmente para ser vinculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja de um jornal.

Principais características:

  • É um texto curto, que se concentra em um único fato, algo do cotidiano, pode ser um problema social ou um acontecimento banal.
  • Seu tema é ligo à vida cotidiana(um problema social, relações entre as pessoas, fatos corriqueiros, banais, extraídos dos acontecimentos do dia a dia, por mais irrelevante que ele seja.
  • Possui poucos personagens,  apenas aqueles que estarão envolvidos no fato principal que você vai contar.
  • Tem um tempo cronológico curto, isto é, tudo se passa rápido, em um dia, ou menos que isso.
  • Espaço (lugar) reduzido, muitas vezes os fatos se passam num único espaço;
  • Linguagem coloquial na fala das personagens;
  • Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico.
O cronista busca emocionar e envolver o leitor, levando-o a refletir sobre problemas sociais sérios que afetam a sociedade.


Alguns cronistas brasileiros: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.

Leia a crônica de Fernando Sabino:




A última crônica 

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. 

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. 

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. 

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. 

Fonte: http://pensador.uol.com.br/frase/NTE2Njky/



MODELO PARA PRODUÇÃO DO PLANEJAMENTO DO TEXTO NARRATIVO 

GÊNERO CRÔNICA

TEMA: Exploração do trabalho infantil doméstico.

Personagens principais: Cenira (a menina), a patroa e o procurador do Ministério Público do Trabalho.
                   secundários: os pais e os irmãos da Cenira e a vizinha da patroa.

Enredo: A crônica conta a história de Cenira, que, aos 10 anos, saiu do interior do Pará e foi para Belém, com a promessa de um futuro melhor, que incluía estudos na capital. Mas, ao contrário disso, a menina desembarcou do ônibus numa cidade onde não conhecia ninguém foi direto para a casa onde trabalharia, moraria e aprenderia as duras lições da rotina diária de uma empregada doméstica, que trabalhava das 6 horas da manhã até a meia noite, de segunda a domingo.

Narrador:  narrador-observador ( x  )      narrador-personagem  (    )

Tempo: Numa tarde de sexta-feira.

Espaço (lugar em que acontecerá a história): A rodoviária, a casa da patroa de Cenira e o abrigo para crianças.

Aprenda sobre os direitos da Criança e do Adolescente brincando.


Você conhece os Direitos das Crianças? Que tal jogar um game que ensina sobre os seus direitos?

Acesse o link abaixo e  aprenda de uma forma bem divertida sobre os Direitos da Criança e do Adolescente.

A Escola de Games preparou para você um Game sobre o Direito da Criança, clique no link e divirta-se.




As pesquisas deste final de semana também me levaram a um Game desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a Procuradoria do Trabalho de Campina Grande e pesquisadores do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa). 
O Game explora diferentes cenários de exploração do trabalho infantil e seu objetivo é a sensibilização e o engajamento das pessoas (crianças, adolescentes e adultos) na luta contra o trabalho infantil.

Clique no link abaixo, jogue e ajude de forma lúdica a tirar as crianças da situação de exploração.


Clique no link para jogar:




sábado, 7 de novembro de 2015

Trabalho Infantil Ontem e Hoje



Vídeo revela a verdadeira história da exploração do trabalho infantil em nosso país.
Assista, comente e dê sua sugestão para combatermos a exploração infantil. Ajude-nos a erradicar a exploração de crianças e adolescentes no Brasil. 


                                  Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=YhTydGNtmSA



Lembre-se: Podemos promover mudanças com nossas ideias:


          


O Direito à Educação, assegurado por lei, mas desrespeitado por muitos!



Malala Yousafzai defendeu o direito à Educação para as meninas do Paquistão e foi baleada, em 2012, pelos homens do Talibã. 

Conheça sua história e o que significa o direito à Educação para uma garota que defendeu com a própria vida o direito de ir à escola:









Clique no link abaixo e confira imagens e dados sobre a situação da exploração da criança no Brasil e no mundo:

Fatos e imagens da exploração do trabalho infantil

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