Este blog é um espaço para divulgação de projetos, compartilhamento de materiais didáticos, de práticas pedagógicas, de sites, cursos e dicas de leitura para professores e estudantes. Além de ser um cantinho para publicação de conteúdos relacionados ao trabalho desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa pela professora Fran.
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Novidades!!!
Queridos seguidores:
Teremos, a partir de hoje, mais uma colaboradora para o Blog, nossa
amiga Roberta Clarissa Leite.
Com suas publicações teremos dicas de cursos e textos relacionados
à Educação.
Abraços a todos!
ProfessoraFran
Deixei para falar
hoje especificamente sobre o TDAH e sobre a importância do trabalho da escola
no auxílio do diagnóstico desse transtorno:
Na escola, não
raras vezes, nos deparamos com alunos que apresentam os seguintes
comportamentos:
Desatenção:
- dificuldades para prestar atenção em detalhes, cometer erros por descuido e problemas para concentrar-se em tarefas e/ou jogos, parecer estar sempre no "mundo da lua", dificilmente para terminar algo que começa a fazer, para seguir as regras e as instruções; desorganização com materiais e tarefas, evitando atividades que exigem um esforço mental maior; perder coisas importantes e muita dispersão.
- dificuldades para prestar atenção em detalhes, cometer erros por descuido e problemas para concentrar-se em tarefas e/ou jogos, parecer estar sempre no "mundo da lua", dificilmente para terminar algo que começa a fazer, para seguir as regras e as instruções; desorganização com materiais e tarefas, evitando atividades que exigem um esforço mental maior; perder coisas importantes e muita dispersão.
Hiperatividade:
- movimentação exagerada com as mãos e pés quando estão sentados, dificuldades para manterem-se sentados por muito tempo; parecem ter uma inquietude, por isso chegam a pular e a correr demasiadamente em situações inadequadas; ao jogar ou brincar são muito barulhentos, agitados, falam demais, respondem às perguntas quase sempre antes de terem sido terminadas, não suportam esperar a vez e intrometem-se nas conversas e jogos alheios constantemente.
- movimentação exagerada com as mãos e pés quando estão sentados, dificuldades para manterem-se sentados por muito tempo; parecem ter uma inquietude, por isso chegam a pular e a correr demasiadamente em situações inadequadas; ao jogar ou brincar são muito barulhentos, agitados, falam demais, respondem às perguntas quase sempre antes de terem sido terminadas, não suportam esperar a vez e intrometem-se nas conversas e jogos alheios constantemente.
Crianças e
adolescentes que apresentem pelo menos, seis sintomas de desatenção e seis
sintomas de hiperatividade podem ser diagnosticas com TDAH e muitas vezes temos
alunos com esses perfis em nossas turmas, entretanto, as famílias e as escolas
encontram dificuldade para perceber que esse comportamento, que afeta a
aprendizagem desses alunos, sua vida social e afetiva, pode ser de um aluno com
TDAH ou algum outro transtorno.
Pais muitas vezes
sem conhecimento não veem esse comportamento como sinal de que algo está errado
com o filho e na escola ora por falta de informações mais detalhadas sobre o
distúrbio, ora por falta de estrutura para estudar o perfil dos alunos e
indicá-los para uma avaliação multidisciplinar, acabam por serem responsáveis
pelo agravamento desse transtorno que gera grandes prejuízos à vida do aluno,
que provavelmente sofrerá desse mal a vida toda.
A falta de
diagnóstico e tratamento adequado ao TDAH levará a outros distúrbios que vão se
associando. Indivíduos com TDAH apresentarão maior risco de desenvolverem
outras doenças psiquiátricas na infância, na adolescência e na idade adulta,
como: comportamento antissocial, problemas com uso de drogas lícitas e ilícitas,
transtorno de humor e ansiedade. Enfim, a vida profissional, social, pessoal e
afetiva da pessoa ficará comprometida, caso não haja uma intervenção e um
acompanhamento.
Portanto, é muito
importante que na escola se promova estudos sobre os diferentes distúrbios que
afetam a aprendizagem dos alunos, para que o professor se torne apto a observar
o comportamento dos alunos livre de rótulos e preconceitos; seja capaz de levar
o caso para estudo e indicá-los para especialistas que tenham conhecimento
suficiente para diagnosticar e dar início a um tratamento, que quanto mais
precoce melhor. Aliás, tudo que afeta a aprendizagem dos alunos, deveria ser
objeto de estudo nas escolas para que o aluno seja beneficiado e atendido em
suas necessidades.
Acredito que
somente com esse olhar mais atento e responsável sobre o que está causando as
dificuldades de aprendizagem dos alunos é que alcançaremos maior sucesso em
nossos projetos educativos.
Abraços,
Professora Fran
O uso das NTIC's nas escolas
Pais e professores reclamam muito que
os alunos têm dificuldades para manter o registro em ordem e em dia nos
cadernos. Muitos pais e professores ainda querem exigir do aluno que copie
textos longos no caderno. Professores pedem que seus alunos transfiram
conteúdos dos livros ou do quadro para seus cadernos e têm pais que cobram da
escola os cadernos dos filhos cheios de conteúdos, acham que basta a
quantidade, sem avaliar a qualidade da aprendizagem, até porque muitas vezes
não conseguem avaliar se houve realmente aprendizagem.
Infelizmente, essa ainda é uma
realidade na Educação. Na minha opinião, quem sofre nesta situação é o
aluno, que é taxado de preguiçoso e desinteressado; outros de limitados que não
acompanham o ritmo da classe.
Não sei o que vocês pensam, mas acho que temos aí um problema de metodologia que cria uma situação (que não corresponde à realidade) e prejudica a aprendizagem dos alunos, impedindo que os alunos avancem na aprendizagem.
São muitas as habilidades que precisamos desenvolver em nossos alunos e, com certeza, a de copiar textos não é nem de longe a primordial. Acredito que para desenvolver uma formação integral que atenda às exigências da Era da Tecnologia da Informação, é necessário lançar mão de novas metodologias que contemplem o uso das NTIC's (Novas Tecnologias da Informação) às práticas educativas.
Não sei o que vocês pensam, mas acho que temos aí um problema de metodologia que cria uma situação (que não corresponde à realidade) e prejudica a aprendizagem dos alunos, impedindo que os alunos avancem na aprendizagem.
São muitas as habilidades que precisamos desenvolver em nossos alunos e, com certeza, a de copiar textos não é nem de longe a primordial. Acredito que para desenvolver uma formação integral que atenda às exigências da Era da Tecnologia da Informação, é necessário lançar mão de novas metodologias que contemplem o uso das NTIC's (Novas Tecnologias da Informação) às práticas educativas.
Muitos alunos já possuem as novas
tecnologias móveis na palma da mão, só precisam aprender como utilizá-las para
aprender os conteúdos propostos nos currículos. Para isso, é preciso entrar em
cena os gestores e o professor, mudar uma prática tradicional de ensino requer
visão, quebra de paradigma e formação continuada.
Fico muito preocupada quando um
educador olha para sua turma e afirma que a grande maioria dos alunos possui problemas ou
dificuldades de aprendizagem e que por isso não aprendem o conteúdo proposto,
sendo que ele próprio apresenta dificuldade para avaliar a sua própria prática
e modificá-la para atender às novas necessidades dos alunos, que hoje aprendem
com muito mais facilidade e interesse com a mediação das NTIC’s.
Cabe aos gestores, dar o suporte para
que os professores possam aprender a aplicar as NTIC's na Educação e aos poucos
adotarem uma prática pedagógica que contemple o maior número de alunos possíveis,
inclusive, aqueles que realmente possuem dificuldades e problemas de
aprendizagem.
Mais... Dificuldades de aprendizagem ou Problemas de Aprendizagem?
A diferença de conceituação entre os termos dificuldade de
aprendizagem e problema de aprendizagem está relacionada à diferença entre o
que é normal e o que é considerado patológico no processo ensino-aprendizagem.
O termo dificuldade
de aprendizagem deve ser
utilizado para referir-se às dificuldades normais ao processo educativo;
aquelas ligadas às dificuldades externas ao aluno. Já o termo problema de
aprendizagem, refere-se às dificuldades que são sintomas de algum
transtorno ou distúrbio que interfira na aprendizagem, portanto, ligadas à
fatores internos, em alguns casos de origem genética. As dificuldades
geradas pelos distúrbios, portanto, são de origem patológica e para
identificá-las emprega-se o termo problemas
de aprendizagem.
As causas das dificuldades de aprendizagem estão relacionadas às
questões externas ao aprendiz, geralmente ligadas à metodologia empregada pelo
professor, à problemas familiares ou à outra situação temporária, que pode ser
corrigida com mudanças na metodologia e apoio ao aluno para superar essa fase.
Essas medidas são muitas vezes suficientes para que os alunos avancem na
aprendizagem.
Quando um distúrbio ou transtorno interferir na aprendizagem, dizemos
que o aluno tem problemas de aprendizagem. Neste caso, o aluno precisará de
acompanhamento de outros especialistas como Psicólogo, Psicopedagogos,
Fonoaudiólogos, Neurologistas etc e tratamento medicamentoso, em alguns casos.
Conhecer o diagnóstico para os alunos que apresentam problemas de
aprendizagem e estabelecer uma rede de contatos com os especialistas que realizam
o acompanhamento do aluno facilitará o trabalho de intervenção pedagógica.
Desta forma, o professor terá condições de aplicar estratégias de ensino mais
eficazes e adequadas ao aluno .
Não se trata, portanto, de sinônimos os termos dificuldade e
problema de aprendizagem e compreender a diferença entre esses dois termos nos
ajuda a entender a fronteira entre o que é normal e o que patológico e auxilia
na tarefa da escola de conduzir o processo educativo, de forma a atender todas
as necessidades dos alunos.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Dificuldades de aprendizagem x Problemas de Aprendizagem - Você sabe a diferença?
Para o profissional da Educação é
essencial entender a diferença entre os termos dificuldades de aprendizagem e problemas de
aprendizagem; por isso essa discussão é muito relevante para nossa formação.
Uma sala de aula é formada por uma
diversidade de crianças que apresentam, apesar da faixa etária ser basicamente
a mesma, ritmos de aprendizagem diferentes. Compreender o contexto que envolve
o processo de aprendizagem e o desenvolvimento desses alunos é muito importante
para o professor. Desta forma, ele passa a distinguir no grupo, os alunos que
apresentam dificuldade de aprendizagem e que por isso precisarão ser
encaminhados à projetos de recuperação paralela ou intensiva, conforme o grau
de dificuldade, à grupos de estudo e lançar mão de outras estratégias e
recursos que a escola dispor para que o aluno avance e consiga acompanhar o
conteúdo correspondente à idade/série em que ele se encontra.
Observando e conhecendo melhor o
grupo, será possível também encaminhar às de Apoio Pedagógico: à Sala de Recursos ou ao Laboratório de
Aprendizagem, como temos na rede municipal de São José dos Campos, os alunos que
apresentarem problemas de aprendizagem, devido à alguma patologia (problemas
físicos, psíquicos e outros). Os profissionais destes projetos são
Psicopedagogos que encaminham os alunos junto com o Serviço de Orientação
Educacional da Escola a outros profissionais, conforme a necessidade da
criança; a fim de que façam um laudo e um acompanhamento desta criança, para
que a criança possa ser atendida pelos especialistas e área médicas mais indicadas a cada caso. Feito o diagnóstico e com as intervenções pedagógicas necessárias, o aluno terá condições de alcançar avanços em sua aprendizagem, dentro
das suas possibilidades e ritmo de aprendizagem.
Não é uma tarefa fácil, porque não é
todo profissional que compreende e sabe como avaliar e encaminhar as crianças que
apresentam dificuldades para aprender, muitas vezes nem existe na rede uma equipe multidisciplinar para dar esse apoio necessário. A situação é mais crítica quando um
aluno possui problemas de aprendizagem. Infelizmente, muitos acham que se a
criança não apresenta as habilidades necessárias para aprender o que está no
planejamento anual é porque ela não é capaz de aprender, esquecendo-se de que o
planejamento deve ser feito, a partir da realidade da sua sala de aula, para
que ele esteja adequado ao seu grupo e atenda à necessidade dos alunos.
Sabemos, entretanto, que não depende apenas do professor, precisamos de políticas públicas capazes de criar uma rede de atendimento e oferecer esse apoio às escolas e às famílias. Unir os setores de Saúde e Educação seria o caminho para vencermos as barreiras que impedem a aprendizagem de muitos alunos espalhados pelo Brasil.
O papel da escola no fortalecimento da relação entre escola e família
Independente do seu
modelo e dos elementos que compõe a família é nela que a criança encontra o
espaço natural para seu desenvolvimento e para o cultivo dos valores humanos,
constituindo-se como base para a sustentação da sua formação.
Sabe-se que é no
circulo familiar que se iniciam as primeiras aprendizagens que futuramente se
estende à escola. Com os estímulos da família e dos professores, a criança em
idade escolar passa a desenvolver outras habilidades e conhecimentos fundamentais
para sua formação.
São muitos os
fatores que influenciam a aprendizagem dos alunos, mas certamente a influencia
da família é fundamental nesse processo; por isso é importante o envolvimento
entre família e escola.
A especialista Heloisa Zymanski,
professora de Psicologia da Educação da PUC-SP, afirma que quando a criança
percebe que seus pais estão em uma aliança com a escola, ela se sente muito
mais protegida. Para Heloisa, deve partir da escola a iniciativa de criar um
movimento para fortalecer os laços de aproximação entre escola e família.
Como uma das primeiras iniciativas, a escola poderia propor uma reformulação
da reunião de pais, que é importante e fundamental para os pais que desejam
saber o que está acontecendo na escola. A reunião de pais não deve ser um
momento de humilhação para os pais, deve ser uma reunião mais informativa, tratar
dos progressos dos alunos e das propostas da escola, lembra a especialista.
Para Tiba:
A escola
precisa alertar os pais sobre a importância de sua participação: o interesse em acompanhar os estudos dos filhos é um dos principais estímulos para que eles – alunos – estudem. (Ensinar Aprendendo, p.152)
O objetivo de uma reunião de pais, por exemplo, deveria ser o de
informar no início de cada bimestre, não somente aos pais, mas também aos
alunos, sobre quais atividades serão realizadas em classe e em casa, que
recursos e estratégias serão utilizados pelos professores, as expectativas de
aprendizagem de cada disciplina e as novas habilidades a serem
desenvolvidas. Nesse encontro, a equipe
gestora promoveria um debate a cerca das demandas necessárias para que o trabalho
pedagógico seja desenvolvido, é momento de uma escuta ativa para as sugestões e
até para as críticas dos pais. Conduzir esse debate é o desafio do gestor e
estabelecer parcerias com os pais poderá ser a chave do sucesso.
No entanto, a reunião
de pais não deve ser a única situação de encontro entre pais e representantes
da escola. Ao contrário, a equipe gestora e os professores deverão planejar
outras situações de envolvimento da família na construção das práticas educativas
da escola, a serem previstas no Projeto Político Pedagógico da Escola, tais
como: Conselho de Escola, pais representantes de classe, AAE, organização de
festas e eventos culturais, escola da família, fortalecimento dos conselhos de
classe e outros. Participar da organização de eventos culturais na escola torna
os pais ligados à escola. Segundo, Tiba, esse é um processo importante no qual
os pais passam a ter um envolvimento afetivo com a escola, além de exercitarem
a cidadania.
Por isso, é
importante contar com a família, inclusive, na elaboração do Projeto Político
Pedagógico da Escola. Todavia, como não há uma receita pronta, cabem às equipes
gestoras e professores planejarem diferentes situações de inclusão das famílias
na escola. Os pais devem ser convidados a desenvolverem atitudes de
co-responsabilidade para com a formação dos seus filhos.
Outra iniciativa da escola
poderia ser a criação de diferentes formas de comunicação com os pais: recados
na agenda, bilhete, correspondência, telefonemas, e-mails, mural, boletim informativo
e outras. O pai que não pudesse em algum momento comparecer à escola, de alguma
forma receberia as informações da escola. Saber dos acontecimentos também
ajudará a despertar o interesse dos pais mais afastados pelo trabalho que é
desenvolvido na escola do seu filho.
Assim como essas,
outras iniciativas devem promover o envolvimento das famílias na escola. É
possível citar outras ações que de alguma forma mudaram a relação entre família
e escola e têm demonstrado bons resultados pelo Brasil:
- Em Lucena, a 28 quilômetros
de João Pessoa, pais, alunos e professores participam de encontros de formação.
Os educadores vão de casa em casa convidar os familiares para o debate sobre
diferentes temas: meio ambiente, identidade, etnia, sexualidade, saúde preventiva,
cultura de paz etc. Com esse trabalho, a frequência dos pais na escola aumentou
porque os pais passaram a valorizar esses momentos.
- Promover eventos e oficinas culturais lideradas pelos
pais e familiares dos alunos que sabem e desejam ensinar algo para a comunidade
escolar: fazer sabão com restos de óleo, brinquedos com garrafa PET, fantoches
com materiais recicláveis, pipas, colchas com retalhos e outros.
- Garantir o envolvimento
do Conselho Escolar em
todas as atividades e a sua participação em todas as dimensões da gestão é um
fator determinante para o bom desempenho de uma escola.
- Promover iniciativas nas quais os familiares dos alunos se fazem presentes em vários
espaços escolares: no recreio, apoiando os professores em sala de aula, abrindo
suas casas para a realização de reforço escolar para seus filhos e vizinhos
etc.
- Em Tapoão da Serra (SP), os professores fazem
visitas domiciliares a todos os alunos. Para o sucesso desta iniciativa, existe
um planejamento rigoroso que começa com o envio de uma carta aos pais
informando a intenção da visita, solicitando sua autorização e marcando o dia e
horário para a visita.
- Sessão de cinema, tarde de lazer com os filhos,
empréstimo de livros da sala de leitura para os pais, palestras sobre tema de
interesse dos pais, avós e pais convidados para contar histórias para os alunos
foram algumas das iniciativas de quatro escolas do Rio de Janeiro que desejavam
integrar família e escola.
- Em Cerquilho (SP), várias iniciativas compuseram
um Plano de Ação que pretendia aproximar as famílias da escola: reorganização
das reuniões de pais, que passaram a ser mais interativas, à noite e em dias
diferentes, de acordo com o ano cursado pelo aluno; organização de dinâmicas e
palestras; sorteios de livros; a informatização da rede, que possibilitou que
as informações chegassem aos pais; até uma personagem foi criada (uma boneca de
pano) pelos educadores para aproximarem os pais da Educação Infantil da escola.
- Oferecer os espaços da escola: quadra, piscina, pátio
e salas, para estimular a convivência entre os pais.
Muitas poderão ser as iniciativas, cada escola, de
acordo com a sua realidade e contexto poderão encontrar caminhos para promover
a aproximação entre escola e família. O importante é que os educadores acreditem
na importância deste vínculo e juntamente com a equipe gestora e toda
comunidade escolar deem uma oportunidade para essa parceria, que trará muitos
benefícios, principalmente, para aprendizagem dos estudantes.
Contribuições de Henri Wallon à Educação
A
Psicogénese da Pessoa Completa, como é conhecida a teoria do estudioso francês
Henri Wallon, é um importante subsídio
para o aprimoramento da Educação, porque rompe com a dicotomia entre
afetividade e cognição e oferece fundamentos suficientes para um repensar da
prática pedagógica.
A teoria de Wallon apresentou uma visão não fragmentada do
indivíduo, que é entendido sob quatro diferentes pontos de vista: do motor, da
afetividade, da inteligência e do ponto de vista de sua relação com o meio. A
base de sua teoria é a integração afetiva-cognitiva-motora. Para o teórico, a
dimensão afetiva está completamente integrada aos demais aspectos do indivíduo
e a afetividade é fundamental para a construção do conhecimento do indivíduo. (ALMEIDA
e MAHONEY, 2007)
O ser humano é visto como um ser social, que constrói o
conhecimento na relação com o outro: aluno-professor, professor-aluno,
aluno-aluno e aluno-objeto. Assim, se dá o conhecimento no contexto escolar e nessa
interação com o outro surgem os sentimentos, as emoções; enfim, os aspectos
afetivos que compõem o funcionamento psíquico do ser humano.
O afeto, como parte integrante do processo educativo, é
responsável pela qualidade das relações pessoais e pela produtividade em sala
de aula. Dependendo do tipo de relação estabelecida entre os protagonistas, a
sala de aula será um ambiente gerador de alegria, entusiasmo,
segurança, cooperação e amizade ou gerador de angústias, estresse, ansiedade,
insegurança e individualismo.
De acordo com Rossini (2001), a afetividade é a base da vida.
Se uma pessoa não está bem afetivamente, sua ação como ser social estará
comprometida. No caso do aluno, se ele não se encontra bem afetivamente, não
haverá aprendizado. Por isso, a escola, antes de ser um espaço para produzir
conhecimento, deve constituir-se num espaço afetivo, no qual crianças,
adolescentes e profissionais da educação sintam-se felizes e gratos por fazer
parte da vida um do outro.
Wallon trouxe grandes contribuições para
formação dos educadores quando ensinou,
por exemplo, que é preciso buscar na escola o equilíbrio entre razão e emoção
para que as tensões que permeiam as relações em sala de aula possam contribuir
para a formação, o amadurecimento e a efetivação da aprendizagem.
Se na escola professor e aluno não possuem um vínculo afetivo, não
dialogam, se um não observa o gesto e o olhar do outro, não há atividade
emocional nesse ambiente. Que sentido o aluno dará ao objeto de conhecimento,
se a qualidade da relação com seu professor é ruim?
Moreno (2000:13), citado por Giancaterino (2007), faz uma crítica
aos conteúdos tradicionalmente desenvolvidos nas escolas que não contemplam
todos os conhecimentos e vivências necessárias para uma pessoa se desenvolver
autonomamente. Tudo o que concerne aos sentimentos, aos afetos e às relações
interpessoais, isto é, àqueles conhecimentos que continuamente usamos em nossas
relações com os demais, parece não merecer nenhum tipo de estudo, sendo
excluídos e deixados nas mãos do acaso.
Felizmente, há especialistas como a psicóloga Valéria Amorim
Arantes, doutora em Psicologia pela Universidade de Barcelona e professora da
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, que defendem o estudo
sistematizado dos afetos e sentimentos, no cotidiano escolar, como objetos de
conhecimento. Para ela, valores e atitudes precisam ser aprendidos e devem ser
ensinados na escola; por isso propõe que os conteúdos relacionados à vida
pessoal e à vida privada das pessoas sejam inseridos de maneira transversal e
interdisciplinar nos conteúdos tradicionalmente desenvolvidos nas escolas por
meio de projetos. Segundo a autora, é preciso aproximar o sistema educacional
da vida das pessoas.
Desta forma, seria possível a aplicação das teorias de Wallon à
Educação; possibilitaria transformar emoções negativas
(desânimo, ansiedade, solidão, agressividade, ira, culpa e timidez), que se
manifestam em conflitos frequentes nas salas de aula, em emoções positivas
(bem-estar, satisfação com a vida, felicidade, alegria, otimismo, esperança, sabedoria,
amor e perdão). Por isso, trabalhar temas como valores na escola é essencial
para promover o pleno desenvolvimento e, principalmente, o constante
autodesenvolvimento de alunos e professores, que se tornarão capazes de
enfrentar e transformar conflitos em ações construtivas.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Novas Tecnologias com velhas pedagogias não servem para nada
Compartilho com vocês uma leitura que fiz e que achei muito interessante para refletir sobre as práticas em sala de aula. Cliquem no link abaixo e acesse a reportagem da Revista Época:
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2013/05/angel-perez-gomez-novas-tecnologias-com-velhas-pedagogias-nao-servem-para-nada.html
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2013/05/angel-perez-gomez-novas-tecnologias-com-velhas-pedagogias-nao-servem-para-nada.html
sábado, 18 de janeiro de 2014
Caros seguidores:
Quero compartilhar com vocês um site que crie para divulgar meus trabalhos como Designer Instrucional, será um prazer receber sua visita.
Conto com vocês para ajudar na divulgação do site.
Abraços,
Francisca P. Martins
http://profissional-design-instrucional.webnode.com/
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Contribuições de Wallon à Educação
A Psicogénese da Pessoa Completa, como é conhecida a teoria do estudioso francês Henri Wallon, é um importante subsídio para o aprimoramento da Educação, porque rompe com a dicotomia entre afetividade e cognição e oferece fundamentos suficientes para um repensar da prática pedagógica.
A teoria de Wallon apresentou uma visão não fragmentada do indivíduo, que é entendido sob quatro diferentes pontos de vista: do motor, da afetividade, da inteligência e do ponto de vista de sua relação com o meio. A base de sua teoria é a integração afetiva-cognitiva-motora. Para o teórico, a dimensão afetiva está completamente integrada aos demais aspectos do indivíduo e a afetividade é fundamental para a construção do conhecimento do indivíduo. (ALMEIDA e MAHONEY, 2007)
O ser humano é visto como um ser social, que constrói o conhecimento na relação com o outro: aluno-professor, professor-aluno, aluno-aluno e aluno-objeto. Assim, se dá o conhecimento no contexto escolar e nessa interação com o outro surgem os sentimentos, as emoções; enfim, os aspectos afetivos que compõem o funcionamento psíquico do ser humano.
O afeto, como parte integrante do processo educativo, é responsável pela qualidade das relações pessoais e pela produtividade em sala de aula. Dependendo do tipo de relação estabelecida entre os protagonistas, a sala de aula será um ambiente gerador de alegria, entusiasmo, segurança, cooperação e amizade ou gerador de angústias, estresse, ansiedade, insegurança e individualismo.
De acordo com Rossini (2001), a afetividade é a base da vida. Se uma pessoa não está bem afetivamente, sua ação como ser social estará comprometida. No caso do aluno, se ele não se encontra bem afetivamente, não haverá aprendizado. Por isso, a escola, antes de ser um espaço para produzir conhecimento, deve constituir-se num espaço afetivo, no qual crianças, adolescentes e profissionais da educação sintam-se felizes e gratos por fazer parte da vida um do outro.
Wallon trouxe grandes contribuições para formação dos educadores quando ensinou, por exemplo, que é preciso buscar na escola o equilíbrio entre razão e emoção para que as tensões que permeiam as relações em sala de aula possam contribuir para a formação, o amadurecimento e a efetivação da aprendizagem.
Se na escola professor e aluno não possuem um vínculo afetivo, não dialogam, se um não observa o gesto e o olhar do outro, não há atividade emocional nesse ambiente. Que sentido o aluno dará ao objeto de conhecimento, se a qualidade da relação com seu professor é ruim?
Moreno (2000:13), citado por Giancaterino (2007), faz uma crítica aos conteúdos tradicionalmente desenvolvidos nas escolas que não contemplam todos os conhecimentos e vivências necessárias para uma pessoa se desenvolver autonomamente. Tudo o que concerne aos sentimentos, aos afetos e às relações interpessoais, isto é, àqueles conhecimentos que continuamente usamos em nossas relações com os demais, parece não merecer nenhum tipo de estudo, sendo excluídos e deixados nas mãos do acaso.
Felizmente, há especialistas como a psicóloga Valéria Amorim Arantes, doutora em Psicologia pela Universidade de Barcelona e professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, que defendem o estudo sistematizado dos afetos e sentimentos, no cotidiano escolar, como objetos de conhecimento. Para ela, valores e atitudes precisam ser aprendidos e devem ser ensinados na escola; por isso propõe que os conteúdos relacionados à vida pessoal e à vida privada das pessoas sejam inseridos de maneira transversal e interdisciplinar nos conteúdos tradicionalmente desenvolvidos nas escolas por meio de projetos. Segundo a autora, é preciso aproximar o sistema educacional da vida das pessoas.
Desta forma, seria possível a aplicação das teorias de Wallon à Educação; possibilitaria transformar emoções negativas (desânimo, ansiedade, solidão, agressividade, ira, culpa e timidez), que se manifestam em conflitos frequentes nas salas de aula, em emoções positivas (bem-estar, satisfação com a vida, felicidade, alegria, otimismo, esperança, sabedoria, amor e perdão). Por isso, trabalhar temas como valores na escola é essencial para promover o pleno desenvolvimento e, principalmente, o constante autodesenvolvimento de alunos e professores, que se tornarão capazes de enfrentar e transformar conflitos em ações construtivas.
A teoria de Wallon apresentou uma visão não fragmentada do indivíduo, que é entendido sob quatro diferentes pontos de vista: do motor, da afetividade, da inteligência e do ponto de vista de sua relação com o meio. A base de sua teoria é a integração afetiva-cognitiva-motora. Para o teórico, a dimensão afetiva está completamente integrada aos demais aspectos do indivíduo e a afetividade é fundamental para a construção do conhecimento do indivíduo. (ALMEIDA e MAHONEY, 2007)
O ser humano é visto como um ser social, que constrói o conhecimento na relação com o outro: aluno-professor, professor-aluno, aluno-aluno e aluno-objeto. Assim, se dá o conhecimento no contexto escolar e nessa interação com o outro surgem os sentimentos, as emoções; enfim, os aspectos afetivos que compõem o funcionamento psíquico do ser humano.
O afeto, como parte integrante do processo educativo, é responsável pela qualidade das relações pessoais e pela produtividade em sala de aula. Dependendo do tipo de relação estabelecida entre os protagonistas, a sala de aula será um ambiente gerador de alegria, entusiasmo, segurança, cooperação e amizade ou gerador de angústias, estresse, ansiedade, insegurança e individualismo.
De acordo com Rossini (2001), a afetividade é a base da vida. Se uma pessoa não está bem afetivamente, sua ação como ser social estará comprometida. No caso do aluno, se ele não se encontra bem afetivamente, não haverá aprendizado. Por isso, a escola, antes de ser um espaço para produzir conhecimento, deve constituir-se num espaço afetivo, no qual crianças, adolescentes e profissionais da educação sintam-se felizes e gratos por fazer parte da vida um do outro.
Wallon trouxe grandes contribuições para formação dos educadores quando ensinou, por exemplo, que é preciso buscar na escola o equilíbrio entre razão e emoção para que as tensões que permeiam as relações em sala de aula possam contribuir para a formação, o amadurecimento e a efetivação da aprendizagem.
Se na escola professor e aluno não possuem um vínculo afetivo, não dialogam, se um não observa o gesto e o olhar do outro, não há atividade emocional nesse ambiente. Que sentido o aluno dará ao objeto de conhecimento, se a qualidade da relação com seu professor é ruim?
Moreno (2000:13), citado por Giancaterino (2007), faz uma crítica aos conteúdos tradicionalmente desenvolvidos nas escolas que não contemplam todos os conhecimentos e vivências necessárias para uma pessoa se desenvolver autonomamente. Tudo o que concerne aos sentimentos, aos afetos e às relações interpessoais, isto é, àqueles conhecimentos que continuamente usamos em nossas relações com os demais, parece não merecer nenhum tipo de estudo, sendo excluídos e deixados nas mãos do acaso.
Felizmente, há especialistas como a psicóloga Valéria Amorim Arantes, doutora em Psicologia pela Universidade de Barcelona e professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, que defendem o estudo sistematizado dos afetos e sentimentos, no cotidiano escolar, como objetos de conhecimento. Para ela, valores e atitudes precisam ser aprendidos e devem ser ensinados na escola; por isso propõe que os conteúdos relacionados à vida pessoal e à vida privada das pessoas sejam inseridos de maneira transversal e interdisciplinar nos conteúdos tradicionalmente desenvolvidos nas escolas por meio de projetos. Segundo a autora, é preciso aproximar o sistema educacional da vida das pessoas.
Desta forma, seria possível a aplicação das teorias de Wallon à Educação; possibilitaria transformar emoções negativas (desânimo, ansiedade, solidão, agressividade, ira, culpa e timidez), que se manifestam em conflitos frequentes nas salas de aula, em emoções positivas (bem-estar, satisfação com a vida, felicidade, alegria, otimismo, esperança, sabedoria, amor e perdão). Por isso, trabalhar temas como valores na escola é essencial para promover o pleno desenvolvimento e, principalmente, o constante autodesenvolvimento de alunos e professores, que se tornarão capazes de enfrentar e transformar conflitos em ações construtivas.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Confiram uma ótima sequência de vídeos para professores:
Nesse vídeo Yves La Taille explica suas ideias sobre Piaget desenvolvidas no livro da parte geral do concurso para docentes da rede estadual de São Paulo (2013): LA TAILLE, Yves.DANTAS, Heloisa e OLIVEIRA, Marta Kohl de, Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 24. ed. São Paulo: Summus, 1992.
Para os Professores: Vídeo de Yves La Taille - resume livro da parte ge...: Nesse vídeo Yves La Taille explica suas ideias sobre Piaget desenvolvidas no livro da parte geral do concurso para docentes da rede estadua...
Precisamos de humildade para dizer para nós mesmos que não sabemos tudo e para aceitar que a busca pelo conhecimento será eterna, para o professor que não se considera um Mestre, mas um eterno APRENDIZ!
Abraços,
Francisca
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