Meu cantinho de leitura e estudos

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domingo, 23 de maio de 2010

Mensagem de Júlio Emílio Braz aos alunos e a professora Francisca

Professora Francisca,




Entrei no seu blog e achei bem interessante tanto a proposta quanto a quantidade de seguidores conseguidos por ele.
Participei de sua oportuna pesquisa e dei a minha opinião como pai de um garoto de 13 anos.
Fique à vontade para me enviar as perguntas e mensagens que achar pertinentes ao assunto do livro e a literatura de uma maneira geral.
Viajo muito, mas na medida do possível, busco responder as perguntas que me enviam.


Abraços,


Júlio Emílio Braz

enviado pelo autor pelo e-mail em 23.05.2010

BIOGRAFIA DO CARTUNISTA ANGELI

Angeli (ou Arnaldo Angeli Filho) nasceu em 31 de agosto de 1956, na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. Aos 14 anos já era desenhista de humor da revista "Senhor" e do movimento underground, publicando quadrinhos em fanzines.



Ex-office-boy, Arnaldo Angeli Filho começou a desenhar aos 14 anos, influenciado pelo cartunista americano Robert Crumb. "Não há um desenhista da minha geração que não tenha sofrido a influência do Crumb", diz. Outro de seus ídolos é Millôr Fernandes, colunista de VEJA. "Ele tem uma originalidade e uma capacidade incrível de surpreender." Millôr, por sua vez, afirma que Angeli – "anagrama perfeito de genial" – é mais do que um chargista político. "Ele é um comentarista gráfico que já há bastante tempo atingiu o ponto de absoluta competência", afirma.
Para preencher o espaço de 11 centímetros quadrados que detém há 33 anos na página 2 da Folha de S.Paulo, jornal para o qual colabora desde os 17 anos, o cartunista se vale de dez xícaras de café por dia e dois maços de cigarro, combustível obrigatório num processo de criação que já teve lá suas crises. Em 1983, por exemplo, Angeli decidiu abandonar a charge política. "Nesse período, de início de abertura, houve um certo enaltecimento dos políticos por parte de veículos e desenhistas, empolgados com a nova situação", lembra ele. Essa "cumplicidade" entre os artistas e seus retratados fazia com que as charges, segundo o desenhista, ao contrário de despertar o senso crítico do leitor, acabassem por virar decoração de gabinete de deputado. "Eles gostavam de aparecer nos desenhos. Como eu não queria desenhar bichinhos engraçadinhos, resolvi mudar de tática." Por dez anos, voltou-se para as tiras em quadrinhos e criou personagens antológicos, como o Meia-Oito, caricatura do "revolucionário" de esquerda, a dupla Wood & Stock, de hippies saudosos, e a tresloucada Rê Bordosa, "assassinada" pelo autor em 1987, no auge da fama. Ultimamente, Angeli confessa que anda pensando, novamente, em "dar um tempo" no humor político: "Não me canso da charge, e sim da repetição", diz. "Os governos parecem todos iguais." Os governos podem ser, mas os cartunistas, não.
Fonte:veja.abril.com.br/260706/imagens/perfil1.jpg

Veja abaixo a imagem em: veja.abril.com.br/260706/p_100.html

FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de pensamento
As figuras de pensamento, subdivisão das figuras de linguagem, são recursos estilísticos para tornar nossa expressão mais contundente e provocar impacto no ouvinte ou leitor. Entretanto, o efeito que provocam origina-se mais das idéias que estão por trás das palavras do que por elas mesmas ou pela construção das frases.

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.

“Os jardins têm vida e morte.”

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

Os políticos brasileiros são tão honestos! (Sem comentários...)

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.

Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

Fonte:http://www.brasilescola.com/portugues/figuras-linguagem.htm

quinta-feira, 20 de maio de 2010

DICAS AOS PAIS

EDUCAR O SEU FILHO


Regra 1. “A vida não é fácil, acostume-se com isso”.
Regra 2. “O mundo não está preocupado com sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo”.
Regra 3. “Você não ganhará RS 20.000,00 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone”.
Regra 4. “Se você acha seu professor é rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você”.
Regra 5. “Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social.”
Regra 6. “Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.”
Regra 7. “Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”.
(Então antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração de seus pais, tente limpar seu próprio quarto.)
Regra 8. “Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim.
Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real.
Se pisar na bola, está despedido... RUA!!! Faça certo da primeira vez! “.
Regra 9. “A vida não está dividida em semestres. Você não terá sempre verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período”.
Regra 10. “Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate para ir trabalhar”. (Internet)
Regra 11. “Seja legal com os CDFS – aqueles estudantes que os demais julgam uns BABACAS. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles”.

RECADINHO AOS PAIS E ALUNOS:

A partir de 24/05/2010 a 01/06/2010, os alunos dos 8ºs e 9ºs anos estarão realizando avaliações de leitura e interpretação de texto. Além disso, alguns assuntos estudados durante as aulas serão abordados nessas avaliações como: uso do hífen, de acordo com a Nova Ortografia e os Casos Especiais de Ortografia(Dificuldades Ortográficas), no caso específico dos nonos anos.
Procurem revisar os conteúdos trabalhados, não faltar em dia de avaliação e praticar a leitura de crônicas durante a semana.
Em sala, fixarei com cada turma o dia em que cada turma fará sua avaliação.

Um abraço,

Profª Francisca


terça-feira, 18 de maio de 2010

BIOGRAFIA DE JÚLIO EMÍLIO BRAZ

É mineiro de Manhumirim. Iniciou sua carreira como escritor de roteiros para histórias em quadrinhos, publicadas no Brasil, Portugal, Bélgica, França, Cuba e EUA. Já publicou mais de cem títulos.
Em 1988 recebeu o prêmio Jabuti pela publicação do seu primeiro livro infanto-juvenil: Saguairu. Em 1990 escreveu roteiros para o programa Os Trapalhões, da TV Globo, e algumas mininovelas para a televisão do Paraguai. Em 1997 ganhou o Austrian Children Book Award, na Áustria, pela versão alemã do livro Crianças na escuridão (Kinder im Dunkelm), e o Blue Cobra Award, no Swiss Institute for Children's Book.

Fonte: Editora FTD

sábado, 15 de maio de 2010

PALESTRA CONTRA AS DROGAS

Alunos do nono ano:

Em breve, teremos palestra contra as Drogas com Douglas Lourenço.
Falta apenas confirmar a data e o horário.
Fiquem na expectativa; pois com certeza será ótima essa palestra!
Um abraço,

Profª Francisca

ENTREVISTA COM VALÉRIA PIASSA POLIZZI

VALÉRIA PIASSA POLIZZI
Por Ramon Mello



VALORIZAÇÃO DA VIDA

Valéria Piassa Polizzi, é o nome da autora do famoso livro Depois Daquela Viagem (Editora Ática) – autobiografia de uma menina que contraiu o vírus HIV, aos 16 anos de idade, na primeira relação sexual. Para quem não conhece, recomendo essa leitura, que nos faz valorizar a vida, nos despir de preconceitos. E, principalmente, entender que todos estamos vulneráveis à Aids.
Conheci a história de Valéria, na pré-adolescencia, e fiquei extremamente emocionado, com vontade de abraça-la. E parece que a vida se encarregou coloca-la no colo e cuidar para que pudesse ser o exemplo que é para todos nós. Aos trinta e seis anos, formada em jornalismo, ela tem lutado para inserir a educação sexual nas escolas, para jovens e adultos.
Dez anos depois da publicação do seu primeiro livro, a paulistana já tem mais dois títulos publicados: Enquanto Estamos Crescendo (Editora Ática) e Papo de Garota (O Nome da Rosa Editora e Editora Símbolo). Isso sem contar que Depois Daquela Viagem tem mais de trezentos mil exemplares vendidos, e já foi traduzido na Itália, em Portugal, na Alemanha, na Áustria, na Espanha, no México e em alguns países de América do Sul.
A conversa aconteceu por e-mail porque Valéria estava envolvida com o Dia Mundial Contra a Aids, ministrando palestras sobre o tema, como faz todos os anos.

ENTREVISTA COM VALÉRIA
CLICK(IN)VERSOS – Depois Daquela Viagem foi lançado em 4 de dezembro de 1997. Qual é o saldo dez anos depois da publicação do seu primeiro do livro? O que mudou depois disso?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Quando resolvi publicar o livro, não sabia qual seria a reação do público e da mídia em geral. Na época havia muito preconceito em relação ao tema, a Aids era sinônimo de morte no Brasil. Mas para nossa grande surpresa o Depois Daquela Viagem foi muito bem aceito e a mídia entendeu a mensagem que eu queria passar: Como era a vida de quem tinha o vírus. E que a Aids pode acontecer com qualquer um, na verdade não existe grupo de risco, todos são vulneráveis e quem não quer se contaminar tem de se cuidar. O maior sucesso do Depois Daquela Viagem, para mim, foi que ele passou a ser adotado em escolas de todo o país. Eu defendo, bastante, a educação sexual contínua nos colégios e o livro veio ajudar a introduzir o assunto. E com isso passei a ser chamada para dar palestras em todo o Brasil, virou um trabalho sério.

CLICK(IN)VERSOS – No Brasil, Depois Daquela Viagem tem mais de trezentos mil exemplares vendidos. E no exterior foi traduzido na Itália, em Portugal, na Alemanha, na Áustria, na Espanha, no México e em alguns países de América do Sul. Com se sente com isso?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Muito feliz! É maravilhoso saber que sua mensagem chegou em cantos longínquos do Brasil e do mundo. É surpreendente receber e-mail de leitores de outros países elogiando seu trabalho. Em janeiro de 2007 fui ao México dar palestras em escolas e universidades a convite do Governo do Estado do México e da Editora Santillana que publicou o livro no país. O Depois Daquela Viagem foi adotado em escolas públicas mexicanas para tratar do tema da Aids. Foi uma experiência e tanto para mim, levar informação para outra cultura e aprender tanta coisa nova com os jovens de lá. Foi tão enriquecedor que acabou virando um livro-reportagem que fiz para o TCC - Trabalho de conclusão de Curso - da faculdade de Comunicação Social em jornalismo que termino esse ano.

CLICK(IN)VERSOS – Algum cineasta já teve interesse de fazer um filme sobre a sua história?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Estamos pensando primeiro em teatro. O dramaturgo e jornalista Dib Carneiro Neto adaptou o Depois Daquela Viagem para os palcos. Já fizemos uma leitura do texto no teatro do Masp em São Paulo e no Rio de Janeiro. Gostamos muito do resultado e agora o pessoal está correndo atrás de patrocínio para montar a peça.

CLICK(IN)VERSOS – Como foi o retorno do segundo e o terceiro livro: Papo de Garota e Enquanto Estamos Crescendo?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Foi muito bom. Os adolescentes também gostaram bastante e tanto o Enquanto Estamos Crescendo, como o Papo de Garota, também são usados em escolas. E para mim foi um processo novo escrever ficção.

CLICK(IN)VERSOS – Por que a escrita?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Eu sempre amei histórias. Quando era adolescente fazia teatro e sonhava em fazer cinema. Escrever o Depois daquela viagem me abriu um outro universo. Num trabalho de atriz ou cineasta, por exemplo, você cria em cima de um texto já existente e todo o processo é de muito trabalho em grupo. Para escrever um livro a sua criação é a primeira etapa e isso é fascinante. Hoje não me imagino fazendo outra coisa. Adoro criar quieta, sozinha, no meu canto. Somente as palavras e eu.

ENTREVISTA PARTE II

Por Ramon Mello

CLICK(IN)VERSOS – Como funciona seu processo de criação?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – É uma viagem. Na hora de sentar e escrever é um trabalho intenso e solo. Não solitário, porque quem está envolvido com histórias e personagens nunca se sente sozinho, pelo menos eu não. Mas antes disso tem de haver muita leitura e observação do mundo. Para o meu último trabalho, sobre a Viagem ao México, utilizei também bastante pesquisa, porque conto um pouco da história do país, desde a época dos astecas, a chegada dos espanhóis, a colonização a independência, a revolução... E acabei descobrindo que, além do processo de criação, a pesquisa também pode ser ‘viagem’ intensa e prazerosa.


CLICK(IN)VERSOS – Você formou-se em Jornalismo. Por que você deixou de escrever para a Revista Atrevida?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Eu tive uma coluna na Atrevida por sete anos. Numa época, quando a editora passou por mudanças estruturais e financeiras disseram que não poderia mais me manter. É claro que tenho boas lembranças de um trabalho que foi tão legal, mas por outro lado foi bom encerrar um ciclo o que sempre nos impulsiona a descobrir outras áreas, caminhos e crescer. Eu fiz jornalismo, mas não pretendo trabalhar como jornalista, numa redação, por exemplo. Minha praia são os livros. É onde mais gosto de me expressar.

CLICK(IN)VERSOS – Quais são os escritores que mais gosta?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Gosto muito de Amós Oz, um israelense autor de A Caixa Preta e Fima. Os latino-americanos Gabriel García Márquez, Isabel Allende e Carlos Fuentes me encantam. Da língua portuguesa, Machado de Assis, Saramago, Clarice Lispector, Ligia Fagundes Telles, entre vários outros. Gosto muito também de ler livros de autores de outras nacionalidades que contam sobre a cultura e história de seus países. Só para citar alguns exemplos: a sul-africana Nadine Gordimer (A arma da casa); o israelita A.B.Yehoshua (Viagem ao fim do milênio); o japonês Jun'Ichiro Tanizaki (As irmãs Makioka); e uma chinesa chamada Pearl S.Buck. (A boa terra, Os filhos de Wang Lung e Casa dividida).

CLICK(IN)VERSOS – Quando sairá o próximo livro? Já tem nome? Do que se trata?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Espero que saia em breve. Já mandei o texto para análise nas editoras. E é o da Viagem ao México.

CLICK(IN)VERSOS – Como foi a experiência de morar na Áustria? Por que escolher esse país?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Namorei um austríaco por três anos, quando nos casamos fomos morar na Áustria por mais três anos. Foi uma época boa, num vilarejo bucólico em meio a campos de girassóis e estudei alemão para estrangeiros na universidade de Viena. Eu estava cansada de dar palestras sobre aids e foi ótimo fazer uma pausa, foi lá que escrevi o Enquanto estamos crescendo. Quando voltamos ao Brasil, o Markus não se acostumou no país e acabamos nos separando, mas somos amigos e mantemos contato até hoje.

CLICK(IN)VERSOS – Tem vontade de escrever poesia?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Não é minha praia, deixo para os grandes.

CLICK(IN)VERSOS – A pesquisa mais recente do Ministério da Saúde revelou que cresceu a contaminação entre os heterossexuais, principalmente entre as mulheres. O que você sente quando lê esses dados?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – O Brasil tem uns dos melhores programas de tratamento de Aids do mundo, pois o acesso a medicamentos aqui é universal. Infelizmente ainda deixa muito a desejar no que diz respeito à prevenção.

CLICK(IN)VERSOS – Qual a importância de alguém assumir publicamente ser soropositivo?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – É importantíssimo um país ter referência de soropositivos em sua cultura. Aqui no Brasil, personagens como Betinho, Hebert Daniel, Cazuza e Sandra Bréa e muitos ativistas, tornaram a nossa convivência com o vírus mais aceitável. Eles foram uma referência para nós. No México, por exemplo, uma das coisas que achei mais preocupante foi eles não terem, em sua cultura, alguém conhecido que viva com o HIV. A doença se torna pior no imaginário das pessoas quando não se tem uma referência concreta.

CLICK(IN)VERSOS – O que é mais importante na vida?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Fazer coisas que gostamos. E das quais nos orgulhamos. Aproveitar o tempo junto às pessoas especiais para nós.

CLICK(IN)VERSOS – O que é o amor?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Um livro inteiro seria necessário para se explicar isso. E ainda assim não seria algo definitivo.

CLICK(IN)VERSOS – Você tem religião? Acredita em Deus?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Não tenho uma religião. Mas acredito em Deus e tenho fé. E aprecio os aspectos culturais de diversas religiões.

CLICK(IN)VERSOS – Quais são os seus planos para o futuro?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Escrever, viajar e curtir as pessoas e coisas que mais gosto.

CLICK(IN)VERSOS – Que mensagem você deixaria para os jovens?

VALÉRIA PIASSA POLIZZI – Que leiam muito, exijam educação sexual contínua em suas escolas e se cuidem. Mesmo quando se apaixonar não se esqueçam da camisinha e de conversar sobre prevenção com seus parceiros. Aliás, isso serve para todos, os adultos e idosos também!

FONTE: wwwb.click21.mypage.com.br/myblog

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Luis Fernando Verissimo



Nasceu em 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre (RS), e é filho do escritor Erico Veríssimo. Completou seus estudos em Washington, onde também estudou música. Trabalhou durante algum tempo no Rio de Janeiro como tradutor.
Seu primeiro livro publicado foi ‘O popular: crônicas ou coisa parecida’, de 1974. Desde então foram 60 títulos publicados, sendo Ed Mort e o Analista de Bagé seus personagens mais conhecidos.
Veríssimo também é cartunista, jornalista, romancista, contista, além é claro de cronista. Atualmente é um dos escritores brasileiros mais consagrados, com mais de 5 milhões de exemplares vendidos.
Recebeu diversos prêmios, dentre os quais: em 1989, Prêmio Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); em 1995, Prêmio O Homem das Idéias do Ano, do Jornal do Brasil; em 1996, Prêmio Formador de Opinião, da Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas; e, em 1997, Prêmio Juca Pato – Intelectual do Ano, da União Brasileira de Escritores.

A Moça Tecelã

Por Marina Colasanti

Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.
Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.
— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.

Quem é Marina Colasanti?

Marina Colasanti (Asmara (Etiópia), 1937) chegou ao Brasil em 1948, e sua família se radicou no Rio de Janeiro. Entre 1952 e 1956 estudou pintura com Catarina Baratelle; em 1958 já participava de vários salões de artes plásticas, como o III Salão de Arte Moderna. Nos anos seguintes, atuou como colaboradora de periódicos, apresentadora de televisão e roteirista. Em 1968, foi lançado seu primeiro livro, Eu Sozinha; de lá para cá, publicaria mais de 30 obras, entre literatura infantil e adulta. Seu primeiro livro de poesia, Cada Bicho seu Capricho, saiu em 1992. Em 1994 ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia, por Rota de Colisão (1993), e o Prêmio Jabuti Infantil ou Juvenil, por Ana Z Aonde Vai Você?. Suas crônicas estão reunidas em vários livros, dentre os quais Eu Sei, mas não Devia (1992). Nelas, a autora reflete, a partir de fatos cotidianos, sobre a situação feminina, o amor, a arte, os problemas sociais brasileiros, sempre com aguçada sensibilidade.

Um pouco mais de Marina Colasanti

Crônica: Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e a dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz.
E aceitando as negociações de paz, aceita ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber. Vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PROJETO COPA DO MUNDO

1ª Etapa - pesquisa na sala de informática.

Nessa fase, o objetivo é pesquisar o tema Sociedade do roteiro do Projeto da Copa do Mundo. Espera-se que através das pesquisas os alunos conheçam um pouco da realidade de cada país participante da Copa do Mundo.
O foco da pesquisa é saber como as crianças e adolescentes vivem em cada país, se o governo respeita seus direitos e se possui leis que garantam uma formação saudável. Durante as pesquisas também terão acesso a informações sobre os problemas que os adolescentes enfrentam, como encaram a sexualidade, qual o índice de gravidez na adolescência e se têm envolvimento com drogas.
9ºAno C - durante os trabalhos de pesquisa


PROJETO LER É UM PRAZER






Leitura do livro Um sonho dentro de mim na turma do 8ºano C durante as aulas do 1º Bimestre





quarta-feira, 5 de maio de 2010

PROJETO VIVENDO VALORES NA ADOLESCÊNCIA

Hoje trabalhei o tema Respeito com as turmas 8º ano A e C.
Confira a sequência utilizada durante a aula e comente.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA TRABALHAR VALORES

PROJETO VIVENDO VALORES NA ADOLESCÊNCIA

Tema: Respeito

1- Música para harmonizar o ambiente.

2- Reflexão – Com quem você se parece?

3- Autoavaliação – Que tipo de adolescente tenho sido?

a) Como filho?

b) Como amigo?

c) Como aluno?

4- Livre: Quem desejar poderá ler sua autoavaliação.

5- Leitura de texto para reflexão: Cada situação, hein?!

6- Como você gostaria de ser?

7- Tarefa: Faça um desenho ou recorte e cole, em seu caderno, duas figuras: uma que retrate uma atitude não muito boa que você tem todos os dias e uma outra figura que ilustre uma atitude boa que você passará a ter na escola depois desse nosso encontro.

Fonte: IACOCCA, Liliana e Michelle: EU & OS OUTROS – Melhorando as relações

quinta-feira, 29 de abril de 2010

MAIORIDADE PENAL EM DIFERENTES PAÍSES

O dicionário Aurélio da Língua Portuguesa traz a palavra maioridade definida como: “a idade em que o individuo entra em pleno gozo dos seus direito civis”.

O sistema jurídico brasileiro vigente, encontradas no artigo 27 do Código Penal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e da Constituição Federal, a maioridade penal se dá aos dezoito (18) anos de idade. (Lei n.º 8069/90). A maioridade penal não coincide necessariamente com a maioridade civil, nem com as idades mínimas para votar, dirigir, etc.
A maioridade penal também é conhecida como idade da responsabilidade criminal, ou seja, idade a partir da qual o individuo pode ser penalmente responsabilizado pelos seus atos, em determinados países ou jurisdições.
A redução da maioridade penal é um tema muito polêmico, pois muitos defendem que o tratamento do menor infrator deve sim ser diferenciado, e que não deve ter a interferência do Direito penal. Outros por sua vez, já afirmam que o delito cometido é o mesmo, e tendo o individuo a capacidade de distinguir que aquele ato não é tolerável na sociedade, ele também tem capacidade de cumprir a pena imposta, assim como os outros delinqüentes.
No desenvolver deste trabalho, trataremos sobre a redução da maioridade, defendendo ou não, e trazendo informações obtidas ao longo das pesquisas.

2. MAIORIDADE PENAL EM ALGUNS PAÍSES

A relação da maioridade penal varia muito entre determinados países, de acordo com a cultura jurídica e social de cada nação. Segundo informações cedidas pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a maioridade penal é a seguinte nos países abaixo listados:

AMÉRICA DO SUL

ARGENTINA: 16 ANOS

BRASIL: 18 ANOS

PERU: 18 ANOS

EUROPA

ALEMANHA: 14 ANOS

ESCANDINAVIA: 15 ANOS – Nos quatro países escandinavos (Noruega, Dinamarca,

Suécia e Finlândia), a maioridade penal é fixada aos 15 anos, adolescentes entre 15 e 18 anos, estão sujeitos a um sistema judicial voltado para os serviços sociais, sendo a prisão um último recurso.

FRANÇA: 13 ANOS

ITÁLIA: 14 ANOS

POLÔNIA: 13 ANOS

REINO UNIDO: 8 ANOS (ESCÓCIA)

INGLATERRA E PAÍS DE GALES: 10 ANOS

RÚSSIA: 14 ANOS

UCRÂNIA: 10 ANOS

AMÉRICA DO NORTE

ESTADOS UNIDOS: Nos EUA, a maioridade penal varia conforme a legislação estadual. Apenas treze estados fixaram uma idade mínima legal, a qual varia entre 6 e 12 anos.

MÉXICO: 6 A 12 ANOS (CONFORME O ESTADO, SENDO 11 E 12 NA MAIORIA DOS ESTADOS).

GROELÂNDIA: 6 A 7 ANOS

ORIENTE MÉDIO

IRÃ: 9 ANOS PARA MULHERES, 15 ANOS PARA HOMENS

TURQUIA: 11 ANOS

ÁSIA E OCEANIA

BANGLADESH: 7 ANOS

CHINA: 14 ANOS

CORÉIA DO SUL: 12 ANOS

FILIPINAS: 9 ANOS

ÍNDIA: 7 ANOS

INDONÉSIA: 8 ANOS

JAPÃO: 14 ANOS

MIANMAR: 7 ANOS

NEPAL: 10 ANOS

PAQUISTÃO: 7 ANOS

TAILÂNDIA: 7 ANOS

UZBEQUISTÃO: 13 ANOS

VIETNÃ: 14 ANOS

ÁFRICA

ÁFRICA DO SUL: 7 ANOS

ARGÉLIA: 13 ANOS

EGITO: 15 ANOS

ETIÓPIA: 9 ANOS

MARROCOS: 12 ANOS

NIGÉRIA: 7 ANOS

QUÊNIA: 8 ANOS

SUDÃO: 7 ANOS

TANZÂNIA: 7 ANOS

UGANDA: 12 ANOS

Fonte: artigo científico: REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL de Larissa Aparecida da SILVA *

sábado, 24 de abril de 2010

SAIBA MAIS SOBRE COMO É A VIDA E OS DESAFIOS DOS ADOLESCENTES SUL-AFRICANOS

AIDS: Grandes desafios dos jovens sul-africanos Kinha Costa

01-12-2004

Se por um lado os jovens na África do Sul comemoram dez anos de democracia e o fim da era do governo separatista do apartheid, exercendo o direito de ir onde quiser, por outro lado, esses jovens enfrentam desafios que parecem intransponíveis a curto prazo: acesso a educação e a língua predominante – inglês, desemprego, criminalidade e talvez o mais cruel dos desafios, a epidemia da Aids.
Os jovens sul-africanos, como a maioria dos jovens do planeta, gostam de música, esporte, internet, amigos e festa. Porém a juventude sul-africana do século XXI está enfrentando um crescente problema que tem abreviado vidas, frustrado carreiras, diluído sonhos e transformado crianças e jovens rapidamente em adultos com sérias responsabilidades ao serem confrontados com a dura realidade do vírus HIV/ Aids.
Segundo dados do Ministério de Saúde sul-africano, 5.3 milhões de pessoas na África do Sul estão infectados com o vírus da Aids. 14.8% têm menos de 20 anos. 29.1% são jovens entre 20 e 24 anos. Mais de 40% da população da África do Sul – 45 milhões - tem menos de 20 anos. Segundo a ONG Love Life, 35% dos casos de contaminação do vírus HIV ocorrem antes dos 20 anos. O alto índice de infectados mostra que a epidemia tem implicações enormes no setor sócio-econômico do país.

Sexo e tabu

Apesar das campanhas na mídia, educação sexual nas escolas e o assunto despertar interesse internacional, falar abertamente sobre sexo ainda é um grande tabu nas famílias sul-africanas. As famílias delegam a tarefa de esclarecer, tirar dúvidas e informar os jovens às escolas e outros meios de que os jovens dispõem. Infelizmente falar sobre sexo tem a conotação de autorizar os jovens a iniciar vida sexual. A África do Sul é um caldeirão cultural. Na cultura zulu, por exemplo, as jovens só podem falar sobre sexo quando estão noivas, comprometidas para casar.
Em contra partida, o alto índice de adolescentes grávidas mostra que a vida sexual das garotas começa entre 13 e 14 anos. E segundo dados da Fundação Nelson Mandela, 90% dos casos de gravidez na adolescência são de relações com parceiros mais velhos.

Crenças

Crenças antigas também desafiam escolas, instituições e programas de prevenção. Um em três jovens acredita que ter relação sexual com uma virgem cura Aids.
Segundo dados da ONU, a África do Sul é o país onde ocorre o maior índice de estupro no mundo. A cada três minutos uma criança ou uma mulher está sendo violentada. 64% das vítimas de estupro têm entre 14 e 19 anos.
Freqüentemente os tribunais condenam jovens e homens adultos a penas que vão de cinco a dez anos, por estupro. E os jornais estampam manchetes com casos de estupro que vão de bebês a velhinhas.
A cultura sul-africana ainda é muito centrada no homem. Preocupar-se com gravidez é tarefa das mulheres. Na cultura, negra, sul-africana a poligamia é uma prática aceita. As mulheres ficam muito vulneráveis e dependentes dos homens. Esse pode ser um dos fatores determinantes do poder do homem sobre a mulher e da fragilidade das mulheres na hora do sexo. A recusa de uma relação sexual porque o parceiro não quer usar preservativo, muitas vezes, significa o fim de um possível relacionamento. Um em cinco jovens sul-africanos não usa preservativo. Um em dois jovens de 16 anos tem vida sexual ativa e uma em três jovens tem o primeiro filho aos 18 anos.


Impacto na vida das crianças

Segundo dados da Fundação Nelson Mandela, 660.000 crianças na África do Sul são órfãs. É difícil descrever os efeitos psicológicos que a doença causa nestas crianças. Aids não significa somente a perda dos pais, mas ao mesmo tempo a perda da infância. Quando pais e familiares ficam doentes, as crianças assumem responsabilidade de produzir salários, comida e cuidar dos doentes.
É quase impossível essas crianças terem acesso à nutrição adequada, saúde básica e educação.

Impacto na Educação

Queda na freqüência escolar é um dos mais visíveis mostradores dos efeitos da epidemia na vida escolar das crianças e dos jovens. Muitos param de ir à escola para cuidarem dos pais doentes. E com o número crescente de crianças e jovens infectados, muitos não vivem o suficiente para iniciar o ano escolar ou não sobrevivem ao ano letivo. As meninas são mais sacrificadas para cuidar de familiares e das tarefas domésticas. Os professores também são afetados. É freqüente a ausência do professor na sala de aula por causa de Aids ou de doenças correlatas.

Impacto no mercado de trabalho

O efeito da doença no mercado de trabalho, na economia e no progresso social é drástico. A grande maioria dos infectados na África do Sul tem entre 15 e 49 anos, praticamente a primeira fase da vida profissional.

Estudos mostram que com a epidemia da Aids, as empresas sofrem um acréscimo nos custos dos funcionários de 6 a 8% para cobrir gastos com: ausência no trabalho, queda na produtividade, assistência médica hospitalar e treinamento de novos funcionários, entre outros.

Medicamentos

Drogas e coquetéis estão no mercado internacional desde os anos 80, mas até recentemente os preços eram simplesmente inacessíveis. Na última década americanos e europeus pararam de morrer e pessoas portadoras do vírus HIV voltaram para o trabalho, mas na África as pessoas continuam a sucumbir em números crescentes.
Apesar da guerra entre os gigantes da indústria farmacêutica, países como Brasil, Índia e Tailândia, na contramão, começaram a produzir os genéricos, o que reduziu os preços das drogas drasticamente na África do Sul e no mundo.
Hoje as drogas estão mais acessíveis do que nunca, mas, mesmo assim, somente uma pequena parcela da população afetada na África do Sul, pode comprar e dispor da assistência que o tratamento exige.
Apesar de pertencer ao pequeno grupo de elite que pode comprar medicamentos, o líder ativista – indicado ao prêmio Nobel da Paz 2004 - Zackie Achmat, há seis anos criou a Campanha Ação e Tratamento e decidiu não tomar nenhum medicamento enquanto o governo sul-africano não providenciasse drogas grátis e assistência adequada para a população. Em junho último, ele teve que voltar atrás e entrou em tratamento pesado porque começou a desenvolver sintomas da doença. Segundo Zackie, o programa aplicado pelo governo sul-africano é ineficiente e está muito longe de atingir a população que sofre de Aids.

Campanha e prevenção

O governo do presidente Thabo Mbeki iniciou, em 2002, campanha de prevenção que inclui: educação sexual nas escolas; compra anual, de 400 milhões de preservativos para serem distribuídos pelo Ministério de Saúde; campanha de incentivo ao uso de preservativo, campanha de abstinência sexual; testes voluntários para grávidas; programa de assistência à transmissão vertical (mãe para filho), assistência integral para vítimas de estupro e assistência gradual para a população infectada.
O Instituto de Democracia da África do Sul, a Campanha de Ação e Tratamento e a empresa Anglo American formaram um Fórum para monitorar o programa de tratamento e assistência do governo. Na sua primeira coletiva, o Fórum anunciou que o progresso do programa do governo é muito lento e que a ministra da Saúde, Manto Tshabalala-Msimang, precisa assumir que realmente deseja fazer do programa um sucesso. Somente 8.000 pessoas no país estão sendo medicadas dentro do programa do governo. O plano original era atingir 53.000 até o final deste ano.
Segundo estatísticas do próprio governo, até o final do ano passado 500.000 pessoas iriam precisar dos medicamentos para viver.
Na região do Cabo Oeste quase 4.000 pessoas estão sendo assistidas pelo programa do governo e em Gauteng 2.800 pessoas. Apesar de Kwazulu-Natal ser a região mais atingida pela epidemia, somente 535 pessoas estão sendo atendidas pelo programa e pacientes estão sendo orientados para esperar até agosto do ano que vem, quando poderão fazer exames e ter acesso a medicamentos grátis. Na região de Limpopo, somente 20 pessoas estão sob tratamento. O Fórum constatou que as duas regiões receberam os medicamentos solicitados. Os órgãos oficiais responsáveis não responderam por quê o número de pessoas em tratamento nas duas regiões é tão baixo.
As regiões pobres não têm condições de implementar o programa sem a ajuda do governo: faltam escolas, assistência médica, clínicas, hospitais e comida nas comunidades carentes e nas áreas rurais.

Fonte:http://static.rnw.nl/migratie/www.parceria.nl/cienciaesaude/Aids_no_Mundo/do041201Aids_desafios-redirected

Jovens da África do Sul

Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008


Jovens africanos fogem da marginalidade através dança e música

Terça, 12 de Fevereiro 2008



Os jovens de origem africana que moram no Bairro da Arrentela, Seixal, têm fracas expectativas em relação ao futuro, mas encontraram na dança e na música uma forma de fugirem à marginalidade e conseguirem a integração na sociedade.
A Associação Khapaz, formada há cerca de seis anos pelos próprios jovens africanos, que aprendem e desenvolvem o hip-hop, uma forma de estar e de viver que ajuda a ultrapassar os problemas familiares, o desemprego, a baixa escolaridade e a discriminação, segundo afirmou Nuno Santos, um dos dirigentes da colectividade.
A Associação Khapaz, a única existente no bairro, acolhe desde quarta-feira e até hoje uma equipa do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas no âmbito do projecto "ACIME junto das comunidades", acção que se insere numa política de maior proximidade com as comunidades imigrantes.
Nuno Santos explicou que os jovens tentam ocupar os tempos livres passando os dias na associação a aprenderem e a desenvolverem a dança, a música e até expressão plástica.
Além dos espectáculos frequentes para toda a comunidade, a associação tem já um grupo de jovens que faz voluntariado nas prisões da região de Setúbal e de Lisboa, onde leva o estilo hip-hop.
No Bairro da Arrentela vivem cerca de quatro mil pessoas, entre os quais cidadãos portugueses, de etnia cigana e de origem africana, três comunidades diferentes, mas que têm o mesmo problema de exclusão social.
Nuno Santos sublinhou que os jovens, que ocupam uma parcela importante no bairro, têm "fraca expectativa em relação ao futuro", abandonam a escola muito cedo e não têm emprego.
"O insucesso escolar deve-se muitas vezes à mentalidade dos próprios professores", disse, adiantando que "a escola não consegue abordar as diferentes culturas".
Através do Programa Escolhas 2ª Geração, a Associação Khapaz vai à procura dos jovens nas escolas e incentiva-os a prosseguir os estudos, dá formação cívica e ajuda os adolescentes a terem um projecto de vida.
No entanto e à semelhança de outros jovens de origem africana, também os rapazes e raparigas do Bairro da Arrentela debatem-se com o problema da ilegalidade.
"Já nasceram em Portugal, mas por desconhecimento dos pais nunca foram legalizados", afirmou Nuno Santos, salientando que a esperança deste jovens está na lei da Nacionalidade que em breve vai ser aprovada pela Assembleia da República e que vai permitir que se tornem portugueses.
"Estarem na ilegalidade cria problemas de auto estima. Estes jovens têm tido dificuldades no acesso à educação, desporto e trabalho", lamentou.
Sobre a iniciativa do ACIME, o dirigente associativo congratulou-se com a acção que "ajudou a reforçar os laços com a comunidade local".
"A associação estava prestes a ser desalojada por falta de pagamento das rendas, mas graças a esta iniciativa a autarquia vai garantir o pagamento", frisou.
O alto-comissário, Rui Marques, destacou o trabalho que a Associação Khapaz tem feito com os jovens de origem africana do bairro, que se debatem com problemas de desigualdade.
De acordo com Rui Marques, estes jovens têm "uma ausência de esperança no horizonte" devido à falta de emprego, ao abandono escolar e ao facto das suas famílias não estarem estruturadas.
"Os jovens desta associação têm feito um óptimo trabalho. Eles próprios tentam resolver os problemas e têm sido os protagonistas das soluções", disse.
Ao contrário da maioria dos bairros onde moram africanos, onde o problema básico é a habitação, na Arrentela as pessoas vivem em apartamentos relativamente recentes.
Apesar de não se colocar o problema da habitação, a exclusão social e as dificuldades de integração são uma evidência no bairro, referiu o alto-comissário.
"A habitação é um passo importante, mas o problema da exclusão não fica resolvido", sustentou.
Ao longo de três dias, a equipa do ACIME contactou e ouviu as comunidades imigrantes residentes da Arrentela e reuniu com as instituições locais, públicas e privadas que lhes dão apoio no sentido de conhecer as dificuldades e encontrar soluções.
A próxima iniciativa do projecto "ACIME junto das comunidades" deverá realizar-se em Abril num bairro do concelho da Amadora.
A primeira acção do ACIME no âmbito deste projecto realizou-se em Novembro na Quinta do Mocho e na Quinta da Serra, no Prior Velho.
A iniciativa tem também como objectivo desmistificar junto da sociedade portuguesa os preconceitos que existem em relação a estes bairros, dando a conhecer a vida e as preocupações.

Agência LUSA

2006-02-10 18:10:51

Fonte:http://journalsurlamarginalite.blogs.sapo.pt/3686.html







publicado por BAAM às 10:29

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Problemas enfrentados por crianças e adolescentes nigerianos

Crianças e jovens detentos na Nigéria


Seus olhos marejaram enquanto ela lutava para segurar a torrente de lágrimas que ameaçava arruinar seu macacão bem-passado. Logo suas lágrimas rolaram livres, enquanto contava mais uma vez os detalhes dos últimos cinco anos e meio que passou na prisão. Nkeiruka engravidou antes de se casar, o que é considerado um tabu na comunidade Igbo, na Nigéria, à qual ela pertence. Em dezembro de 1999, então com 15 anos de idade, Nkeiruka deu à luz sem nenhuma assistência, em casa, e sua criança morreu por causa de complicações. Seu tio acusou-a de matar o recém-nascido, e Nkeiruka e sua mãe, Mônica, foram detidas e levadas para a prisão, no estado de Anambra. Hoje com 21 anos de idade, Nkeiruka enfrenta um futuro incerto: privada da educação formal enquanto esteve na prisão, e com poucas habilidades, está insegura quanto à recepção que ela e sua mãe receberão da comunidade e da família quando voltarem para casa.
Nunca foi feita uma investigação adequada, não foi encontrada nenhuma evidência do crime alegado, e o arquivo original do caso desapareceu. Nkeiruka e sua mãe dormiram em uma cela com até 37 mulheres, por cerca de 1.971 dias.“Como tantas outras crianças e jovens encarcerados na Nigéria, elas foram esquecidas”, afirma Nkolika Ebede, da Federação Internacional de Mulheres Advogadas, em Anambra, que ajudou a garantir a soltura das duas, por meio de um projeto apoiado pelo UNICEF.
Nkeiruka foi uma entre os mais de seis mil crianças e adolescentes na Nigéria que estão em prisões ou centros de detenção para jovens. Cerca de 70% deles são réus primários, geralmente detidos por delitos leves/contravenções, como pequenos furtos, vadiagem, ou simplesmente por vagar ou ficar pelas ruas. Outros são detidos a pedido de seus pais ou responsáveis, que afirmam não ter controle sobre eles. Muitas dessas crianças vêm de lares destruídos e de famílias grandes e pobres, ou são órfãs. De acordo com Uche Nwokocha, da Sociedade para a Assistência de Mulheres Prisioneiras, em Enugu, crianças – algumas ainda bem jovens – têm sido mantidas sob custódia da polícia no lugar de seus pais.
Os jovens, principalmente as meninas, também são vítimas de atos criminosos, como violência doméstica, estupro, exploração e tráfico sexual. Entretanto, devido a aberrações e demora na aplicação da justiça, principalmente durante investigações que levam a julgamento, essas vítimas infantis podem ir parar na cadeia. Os pais não têm acesso a seus filhos, que são privados do processo devido, são mantidos prisioneiros em condições deploráveis, são colocados em contato com criminosos adultos, correndo o risco de sofrer abuso físico e sexual; e muitas vezes seu direito à fiança é negado. Muitas crianças são obrigadas a admitir que são mais velhas do que realmente são, ou a polícia muda sua idade nos mandados de prisão para poder processá-las como se fossem adultos.
As prisões na Nigéria oferecem pouco treinamento educacional ou profissional, ou instalações para recreação. Durante algum tempo, Nkeiruka aprendeu a fabricar sabão e a tricotar, mas afirma que as aulas foram interrompidas abruptamente, em 2003. Há pouco ou nenhum serviço de orientação disponível para jovens detentos. Durante o período que passam na prisão, cerca de 90% dos jovens não recebem alimentação adequada, não têm boas acomodações, ou não têm acesso a banheiros e chuveiros, o que os torna vulneráveis a doenças e problemas de saúde.
Nkeiruka e sua mãe tiveram a sorte de dividir a cela com mulheres. Muitas outras mulheres prisioneiras são abrigadas em celas mistas, aumentando o risco de sofrer abuso e exploração sexual.
Nos locais onde não há tribunais juvenis, crianças e jovens são julgados em tribunais para adultos. Sem os meios para garantir representação legal, ou para pagar fiança, geralmente definham na prisão por longos períodos. Jovens prisioneiros freqüentemente ficam isolados de suas famílias ou de seus amigos, pois o medo e a desconfiança da polícia e dos sistemas judiciários levam as pessoas a evitar aqueles que entram em contato com a lei, sejam eles criminosos ou vítimas. O estigma e a rejeição por parte da sociedade afetam ainda mais a reintegração das vítimas. Durante os cinco anos e meio que passou no cárcere, Nkeiruka recebeu apenas uma visita – um irmão –, na semana anterior à data programada para sua soltura.
Desde 2003, o UNICEF Nigéria vem ajudando a promover melhor tratamento e apoio legal para jovens em conflito com a lei. Como parte do projeto ‘Administração de Justiça Juvenil’ – empreendido em parceria com a Comissão Nacional de Direitos Humanos, a Associação de Advogados Nigerianos e organizações não-governamentais locais –, foi introduzido e institucionalizado um serviço pro bono para advogados que renovassem suas licenças por meio dessa associação. O UNICEF deu apoio ao treinamento de magistrados, polícia, funcionários das prisões, advogados e agentes sociais sobre administração de justiça juvenil, o que fortaleceu a prestação de serviços gratuitos de advocacia para crianças, jovens e mulheres.
O projeto, que tem por objetivo reduzir o número de crianças detidas, foi lançado em três estados-piloto no sul da Nigéria. Até meados de 2005, quase 600 crianças haviam sido beneficiadas por meio desse projeto nesses estados, sendo liberadas da prisão ou de centros de detenção, tendo garantido seu direito à fiança, com seus casos arquivados ou resolvidos fora do tribunal, recebendo orientação, ou com o próprio projeto conduzindo o caso em andamento.
Como resultado do projeto, o número de crianças e jovens nas prisões diminuiu. O treinamento de magistrados facilitou o uso mais cuidadoso de sentenças de custódia de jovens a penas de prisão por delitos menores. Policiais estão sendo mais moderados ao deter jovens nas celas da polícia por delitos menores e, em vez disso, levam-nos imediatamente à corte para o processo. Diante desse sucesso, o projeto está agora sendo implementado em mais nove estados por todo o país, em uma vigorosa parceira com o Serviço Policial da Nigéria.

Fonte:http://www.unicef.org/brazil/sowc06/cap3-dest2.htm



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Comportamento sexual de risco, uso de álcool e drogas: uma comparação entre os adolescentes da Europa Ocidental e Oriental

Journal of Adolescent Health Vol. 39; No5: P.753e1-753e11 (11..06)


Alexander T. Vazsonyi, PhD; Elizabeth Trejos-Castillo. MS; Li Huang, MA

Os autores tomaram conta da actual investigação para determinar a extensão do contexto cultural que moderou os processos de desenvolvimento - “nomeadamente os padrões de associação entre um auto controlo baixo, processo familiar, e três indicadores de saúde – comportamentos comprometedores (comportamentos sexuais de risco, uso de álcool e drogas)”, - em amostras de adolescentes: provenientes de dois países da Europa Oriental e de dois da Europa Ocidental.
Foi fornecido um questionário numa escola a 7291 adolescentes da Hungria, Eslovénia, Holanda e Suiça. Os estudantes foram questionados sobre as medidas de auto controlo, história familiar (tipo de relações, nível financeiro e acompanhamento), e comportamentos de saúde comprometedores. Uma série de análises de regressão hierárquica e acompanhamento de testes z para comparação dos coeficientes de regressão individual foram conduzidos para análise de dados.
As conclusões a que chegaram de um baixo auto controlo estão associadas positivamente com as três medidas de comportamentos de saúde comprometedoras. As diferenças foram evidentes em processos de desenvolvimento, onde o baixo auto controlo foi mais fracamente associado ao comportamento de risco sexual nas amostras de ambos os países da Europa Oriental comparativamente com os países da Europa Ocidental, “assim fornecendo algumas evidências das normas culturais idiosincráticas.” Os investigadores também encontraram evidências “em maior parte dos efeitos directos provocados pelos processos familiares nas medidas dos comportamentos sexuais comprometedores. Salvo duas excepções, nenhuma diferença foi observada nestes efeitos em quatro amostras.”
“Um baixo auto controlo explica a variabilidade em comportamentos de saúde comprometedores, especialmente no uso de álcool e drogas,” concluem os investigadores. “As diferenças observadas no elo entre o baixo auto controlo e os comportamentos sexuais de risco fornecem algumas evidências de normas e valores distintos entre a juventude da Europa Oriental comparativamente com os adolescentes da Europa Ocidental relativamente a estes comportamentos.”

Fonte:http://www.aidsportugal.com/todas.php

14/02/2007
10h41m

Grã-Bretanha é pior país rico para crianças, diz Unicef

A Grã-Bretanha é o país onde a qualidade de vida das crianças é a pior do mundo industrializado, de acordo com pesquisa realizada pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Na pesquisa, que inclui 21 países da Europa e América do Norte, foram analisados 40 indicadores como pobreza, educação, relacionamento com os pais e os amigos, comportamento sexual e saúde. As nações que encabeçam a lista são Holanda, Suécia, Dinamarca e Finlândia. Em penúntimo lugar na lista, em que a Grã-Bretanha ocupa a última posição, estão os Estados Unidos. "Pobreza Infantil em Perspectiva: Uma Análise do Bem Estar da Criança em Países Ricos" é o primeiro estudo sobre o tratamento dado a crianças nas nações industrializadas. LISTA DO BEM-ESTAR DO MENOR 1. Holanda 2. Suécia 3. Dinamarca 4. Finlândia 5. Espanha 6. Suíça 7. Noruega 8. Itália 9. Irlanda 10. Bélgica 11. Alemanha 12. Canadá 13. Grécia 14. Polônia 15. República Tcheca 16. França 17. Portugal 18. Áustria 19. Hungria 20. Estados Unidos 21. Grã-Bretanha Fonte: Unicef O diretor-executivo da Unicef para a Grã-Bretanha, David Bull, disse que todos os países têm pontos fracos que precisam ser resolvidos. "Ao comparar o desempenho dos países, vemos o que é possível com um compromisso de apoiar cada criança para que realize todo o seu potencial", disse Bull. A Grã-Bretanha ficou em lugar de destaque em termos de educação infantil, mas em posição ruim em outras categorias. Um porta-voz do governo britânico afirmou que as inciativas nacionais em áreas como pobreza, gravidez e fumo entre adolescentes, consumo de bebida alcoólica e comportamento sexual de risco ajudaram a melhorar o bem estar dos menores. Jom Murphy, do Bem Estar Social, disse que o estudo da Unicef usou alguns dados desatualizados, "de talvez seis, sete, oito anos atrás". Ele admitiu, contudo, que o relatório da Unicef é importante, pois "leva a um diálogo mais amplo sobre o que mais podemos fazer para erradicar a pobreza".

Fonte:http://www.reporternews.com.br/noticia.php?cod=172642



Mais informações sobre a Dinamarca?

Clique e leia o documento que trata sobre as crianças na Dinamarca e outros aspectos do país.

Ciência e saúde« voltar Europa



Crianças holandesas são as mais felizes


21 de abril de 2009


É na Holanda que vivem as crianças mais felizes de toda a Europa, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira pela Universidade de York, no Reino Unido. A pesquisa envolveu 29 países e estabeleceu 43 critérios para medir a felicidade dos pequenos.
Para elaborar o ranking, os pesquisadores analisaram fatores como a qualidade da moradia, o nível de pobreza, obesidade e mortalidade infantil em cada país. A segunda nação em que as crianças são mais felizes, de acordo com o estudo, é a Suécia. Em terceiro está a Noruega, seguida por Islândia, Finlândia e Dinamarca.
As crianças espanholas ocupam a 13ª posição no ranking de felicidade, as francesas a 15ª e as italianas a 19ª. Portugal e Inglaterra estão entre os piores países para crescer, em 21º e 24º lugar, respectivamente. Letônia, Lituânia e Malta são os países em que as crianças são menos felizes, de acordo com a pesquisa.

Confira o ranking completo:

1. Holanda
2. Suécia
3. Noruega
4. Islândia
5. Finlândia
6. Dinamarca
7. Eslovênia
8. Alemanha
9. Irlanda
10. Luxemburgo
11. Áustria
12. República de Chipre
13. Espanha
14. Bélgica
15. França
16. República Checa
17. Eslováquia
18. Estônia
19. Itália
20. Polônia
21. Portugal
22. Hungria
23. Grécia
24. Inglaterra
25. Romênia
26. Bulgária
27. Letônia
28. Lituânia
29. Malta
Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/criancas-holandesas-sao-mais-felizes-europa-450800.shtml
Crianças mais felizes da Europa vivem na Holanda


Kioskea o Terça 21 de Abril de 2009 às 16:44:55

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As crianças mais felizes da Europa vivem na Holanda, segundo um estudo da Universidade de York (Reino Unido) difundido nesta terça-feira.
As crianças mais felizes da Europa vivem na Holanda, segundo um estudo da Universidade de York (Reino Unido) difundido nesta terça-feira.
A Holanda lidera a classificação de 29 países europeus realizada com base em 43 critérios, entre os quais moradia, pobreza, obesidade e mortalidade infantil, recolhidos em 2006 e compilados pelo Grupo de Ação contra a Pobreza Infantil (CPAG).
Depois da Holanda, aparecem Suécia, Noruega, Islândia, Finlândia e Dinamarca.
As crianças espanholas estão em 13º lugar, as francesas em 15º, as italianas em 19º e as inglesas em 24º.
Os últimos colocados são Letônia, Lituânia e Malta.

© 2009 AFP

Fonte:http://pt.kioskea.net/news/10625-criancas-mais-felizes-da-europa-vivem-na-holanda

Procurando por informações sobre a Itália? Clique aqui!

Educação



Todas as crianças italianas devem atender à escola até que tenham 14 anos de idade. Após os 5 anos da escola elementar, os estudantes vão para uma scuola - um grau intermediário ou ginasial por 3 anos. Isto pode ser seguido por 5 anos da escola secundária. Neste nível os estudantes têm uma escolha entre as escolas que oferecem cursos que enfatizam os clássicos, a ciência, o ensino de professores, ou a arte, e aqueles que enfatizam os estudos técnicos como a agricultura.

Para ser admitido à uma das universidades da Itália ao estudo do laurea, ou grau de doutor, um estudante deve passar por uma difícil examinação feita por um grupo de professores indicados pelo Ministro da Educação, desde que o governo dirige toda a educação na Itália. O estudante bem sucedido pode escolher entre algumas das universidades mais velhas e mais distintas do mundo. Elas incluem Salerno, cuja escola de medicina data do século 9; Pavia, cuja escola de direito data do mesmo século; Bolonha, que é mais nova por um século; e Florença, uma mecca para estudantes de todo o mundo por causa de sua distinta faculdade.

Fonte:http://sites.google.com/site/internetnations/diretorio/italia

Deseja obter informações sobre a Dinamarca. Clique aqui!

As Artes e a Educação na Dinamarca


A exportação mais famosa da Dinamarca é, por estranho que pareça, uma coleção de contos de fada. Aos leitores de todo o mundo, a Dinamarca é conhecida como a casa de Hans Christian Andersen (1805-75). Suas histórias são uma parte da herança das crianças em toda parte. Um outro escritor Dinamarquês bem-conhecido fora de seu país é o filósofo do século 19 Søren Kierkegaard. Ele é reconhecido agora como o fundador da filosofia do existencialismo. A Baronesa Karen Blixen, que escreveu sob o nome de Isak Dinesen, conseguiu uma reputação internacional para sua obra, especialmente por seus brilhantes contos em Sete Novelas Fantásticas e seu autobiográfico Out of África (Entre Dois Amores). Muitos autores Dinamarqueses, incluindo alguns premiados do Nobel, não são lidos fora da Dinamarca porque não foram extensamente traduzidos. Os Dinamarqueses, que são grandes leitores de livros, lêem mesmo mais jornais. Cidades com 20.000 pessoas têm geralmente mais de um jornal diário, e Copenhagen tem cêrca de 10.

As crianças na Dinamarca atendem à escola da idade de 7 à 16 anos. Depois dos 16 anos a escola é voluntária, e os estudantes que desejam continuar sua educação atendendo à faculdade devem solicitar sua admissão à uma das 5 universidades da Dinamarca com seus muitos institutos especializados associados. Todos que se qualificam cursam gratuitamente. As escolas de extensão (efterskoler) foram estabelecidas para atender a demanda por educação adicional para aqueles meninos e meninas que deixaram a escola. Estas escolas são residenciais, e fornecem educação geral numa atmosfera informal, sem testes de ingresso e sem exames à menos que os estudantes desejem ingressar em campos especializados. As escolas secundárias populares para adultos ainda florescem. São também informais e residenciais. Os homens e as mulheres podem atender à um curso de 5 ou 6 meses de inverno ou mais curtos, incluindo mesmo cursos de verão de 2 semanas para a família.

Os Dinamarqueses fizeram muitas contribuições significativas à pesquisa e aprendizado assim como à educação. Produziram grandes astronomos, como Tycho Brahe, que descobriu uma nova estrela em 1572 e cujas observações precisas em fixar as posições dos planetas e estrelas foram de enorme importância. Houve muitos matemáticos Dinamarqueses mundialmente famosos, cientistas médicos, químicos, e físicos. Talvez o mais conhecido em épocas modernas seja Niels Bohr, que fêz descobertas historicas na física atômica. Bohr atraiu academicos de todo o mundo para o Instituto da Universidade de Física Teórica, que fundou em Copenhagen em 1920.

Você não necessita de uma compreensão da língua nem um conhecimento da ciência para apreciar um dos maiores tesouros da Dinamarca, o Ballet Real Dinamarquês. Os Dinamarqueses se orgulham desta companhia notável e a apoiam generosamente, como o fazem com suas orquestras sinfônicas e companhias da ópera. Os Dinamarqueses também adoram dançar e cantar. Tão distante atrás quanto 1100, muitos nobres tiveram seus próprios festivais da dança, e desde essa época a dança assim como a dança social é extensamente apreciada. Seja dançando ao ar livre ou velejando, os povos Dinamarqueses amam o ar livre e são adoradores dedicados do sol, como são muitos outros povos do norte que têm um verão curto. Assim que o tempo permite, eles vão à praia para nadar, velejar, remar, canoar, ou apenas tomar sol. Aprecíam também corridas de bicicletas, badminton, e tênis; mas seu esporte favorito não-aquático é o futebol. Para esquiar os Dinamarqueses viajam para a Noruega e Suécia.

Fonte: http://sites.google.com/site/internetnations/diretorio/dinamarca

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A Família Argelina


Entre os milhões de pessoas no campo, e mesmo entre alguns dos milhões nas cidades, a organização social que importa é a família. Na Argélia a família não significa somente pais e filhos, mas pais dos pais e filhos dos filhos. Quando o grupo fica demasiado grande para que as pessoas se ocupem umas das outras e as conheçam bem, ele racha em diversas famílias. No campo, a terra e o trabalho são divididos dentro desta grande família. Os jovens se casam com as moças dentro do grupo. Quando partes da grande família se movem para as cidades, ela se mantêm juntas e em contacto com a estrutura familiar anterior. Quando viajam à França, elas enviam dinheiro a seus parentes. Onde quer que trabalhem, encontram trabalhos para irmãos e primos.
 
Fonte:http://sites.google.com/site/internetnations/diretorio/argelia

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UNICEF DEPLORA MORTE DE CRIANÇAS

UNICEF deplora morte de crianças


04 de Janeiro, 2010


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) manifestou-se, sexta-feira, preocupado com a morte de crianças durante confrontos em algumas localidades do Estado de Bauchi, no norte da Nigéria, a 28 de Dezembro último, informou a Angop, que cita a PANA.

Em comunicado, a UNICEF condenou o “massacre trágico” dessas crianças nigerianas, sublinhando que a maioria das pessoas que morrem nos incidentes foram crianças entre os dez e os 15 anos.

“Milhões de crianças no norte da Nigéria vivem na precariedade e muitas longe das suas famílias, o que as torna muito vulneráveis à influência dos que lhes oferecem comida”, adianta o comunicado.O UNICEF cita um estudo recente do Ministério nigeriano da Mulher e Desenvolvimento Social que revela que cerca de um quarto das crianças na Nigéria, quase 17 milhões, são órfãs ou vulneráveis.

O estudo, segundo ainda o comunicado, diz igualmente que o número de órfãos e crianças vulneráveis na Nigéria é mais elevado do que nos países em guerra como o Sudão, Somália e a República Democrática do Congo (RDC).

Problemas tribais tem sido a razão de conflitos em várias regiões na Nigéria. As crianças continuam a ser vítimas desse tipo de conflitos .


Fonte: http://jornaldeangola.sapo.ao/13/0/unicef_deplora_morte_de_criancas

AINDA VIVEM NA MISÉRIA CERCA DE 60% DAS CRIANÇAS NIGERIANAS

COMO VIVEM AS CRIANÇAS NA NIGÉRIA

Pelo menos 60% das crianças nigerianas vivem na pobreza, enquanto progressos consideráveis foram realizados a favor do respeito pelos seus direitos, revela um relatório conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Governo nigeriano.

O relatório sublinha que a pobreza prevalecente sobretudo nas zonas rurais afectam particularmente as províncias de Dosso, Maradi, Tillabéry e Zinder, onde perto de 70% das crianças estão afectadas por este flagelo.
“Até à data presente, a prioridade atribuída à avaliação da pobreza das famílias dissimulava as necessidades mais específicas em termos de protecção das crianças, que são muitas vezes mais vulneráveis no seio da família”, sublinha o documento.
Falando durante a cerimónia de lançamento do relatório, o representante da Unicef, Guido Borghese, declarou que “a pobreza dos petizes é bem mais profunda do que a dos adultos”.
“O seu impacto é efectivamente muito mais devastador. No entanto, a extrema vulnerabilidade das crianças só poderá ser resolvida se lançarmos e reforçarmos os debates aos níveis nacional e internacional sobre as verdadeiras prioridades para o bem-estar dos petizes nigerianos”, acrescentou Borghese.

Fonte: AngolaPress – 23/03/2010[textads]

A Nigéria tem a maior quantidade de tipos de famílias representadas na sua população. Clique e saiba mais.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O trabalho da Save the Children para melhorar a qualidade das escolas na Costa do Marfim

Escolas seguras e funcionais na Costa do Marfim




Com o dinheiro angariado na campanha de Peluches IKEA, 250.000 crianças na Costa do Marfim, país devastado pela guerra, podem beneficiar de uma educação primária de qualidade num ambiente seguro.



Aqui, a Save the Children está a reabilitar escolas, distribuindo kits, dando formação a professores e alunos no âmbito dos direitos das crianças, e criando clubes escolares. Com uma educação de qualidade as crianças da Costa do Marfim estão mais bem preparadas para enfrentar o futuro e podem mudar activamente a sociedade em que estão inseridas.



A Inês vive em Abeongourou, na Costa do Marfim. Está feliz com os trabalhos a decorrer na sua escola – até agora todos os edifícios foram reconstruídos, o telhado arranjado, havendo também móveis novos nas salas de aula.



“Este ano, construíram-nos casas de banho novas. Antes da ajuda da Save the Children estava tudo destruído mas agora a escola está bonita”.



Uma outra mudança que alegra a Inès é o facto de os professores terem deixado de bater nos alunos. No ano passado, a professora viu um rapaz a roubar o caderno e o dinheiro para o almoço da Inès e bateu-lhe. Quando a Inès viu isto, sentiu-se triste apesar do que o rapaz lhe tinha feito. Agora as coisas são diferentes. A Save the Children tem vindo a trabalhar com professores em alternativas aos castigos físicos e humilhantes.



“Quando os alunos se portam mal ou falam nas aulas, os professores dizem-lhes que não devem fazê-lo. Não lhes batem”, diz Inês.



Como parte da iniciativa, a Save the Children trabalha juntamente com os pais para ajudar outros pais a compreender a importância da educação e o papel essencial que podem ter na educação dos seus filhos. Desta forma, os pais aprendem a ter um papel mais activo ao encorajar as crianças a estudar e a ter bons resultados na escola.

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